Quase um ano se passou desde minha última postagem... Confesso que, como qualquer pessoa normal, passei por períodos de altos e baixos (tudo bem, foram muitos baixos pra poucos altos) e acabei me isolando. Abandonei o blog. Abandonei um monte de coisas e pessoas. Mas estou pronta para me redimir.
Já estou de volta ao Brasil. Mestrado concluído com sucesso! E muitas experiências na bagagem... Se experiência pagasse excesso de bagagem eu teria um problema a mais para resolver! Felizmente, por isso não se cobra!
Bom, estou ainda sem saber se crio um novo blog paralelo a este para as coisas que não tiverem a ver com a minha experiência na França (sim, porque pretendo ainda escrever sobre o que deixei de contar) ou se continuo com este blog mesmo, com o mesmo nome, que, afinal, surgiu da minha ida para a França.
Pois está lançada a dúvida.
O que vcs acham? (Ah! Não estou maluca de perguntar, pois pelo que parece, apesar de a "desertora temporária" aqui não ter acessado o blog há algum tempo, ele continua a ser acessado por outras pessoas. Então, posso perguntar a opinião dessas pessoas, não é memso?) Continua "tudo como d´antes" ou crio um segundo blog paralelo a este?
En France
Reflexões e comentários (ainda que comezinhos) sobre minha estadia em Toulouse e em Paris.
"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci
Leonardo da Vinci
quarta-feira, 6 de junho de 2012
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Music Hall
Em razão de meu aniversário, fui paparicada por um amigo que fez uma reserva num restaurante gastronômico francês cuja cozinha está classificada entre as melhores de Paris.
O restaurante, localizado no Champs Elysées, é muito charmoso, sem nenhuma luz direta, alguns jogos de espelhos, um piano no centro do salão e muitos pequenos spots que trocam de cor constantemente, fazendo, segundo anunciado no site do restaurante, uma combinação de 16 milhões de cores. Apesar do piano no centro do salão, não houve música ao vivo no sábado de meu aniversário; a seleção musical, a seu turno, não deixou a desejar.
O "Music Hall" é o um "restaurante tendência" que oferece a alta gastronomia francesa, na sua melhor forma.
Um banquete aos olhos, uma viagem gustativa. Deleitamos-nos com nossos pratos, sendo que o meu era, sem dúvida, o mais delicioso: bacalhau negro caramelizado com molho teriaki, acompanhado de arroz negro perfumado e chicória azul. Absolutamente maravilhoso!
E na hora da sobremesa a gula falou mais alto e pedimos o "L'Avalanche", sim, o nome era esse mesmo. Uma travessa com cinco diferentes sobremesas do restaurante, lindamente decoradas. Detalhe: toda a decoração comestível, com direito a palitinhos de caramelo com sabor de coca-cola. Uma loucura!
Para quem quiser experimentar, o Music Hall Paris está localizado no 63 Avenue Franklin D. Roosevelt - Paris - 8ème. E as reservas podem ser feitas pelo telefone 01.45.61.03.63
***
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Defenestração
Notícia no jornal francês de hoje: uma criança de 10 anos de idade defenestrada com pés e mãos atados.
De cara me lembrei do caso de Isabella Nardone. Nesse caso, porém, a criança sobrevive. Está em coma, em estado grave, mas ainda há esperança. Felizmente.
Fonte: Ensaios |
Durante o almoço, do qual não participei, por estar "internada" na minha sala, enterrada sob pilhas de papéis, livros, textos e do prazo fatal para a entrega da tese, meus colegas discutiam o assunto quando os espanhóis começaram a "encarnar" os franceses pela existência de um verbo específico para dizer "jogar pela janela". Em francês, tal ato é descrito pelo verbo défenestrer, mas em espanhol, não há um verbo sequer equivalente.
Na volta do almoço, uma amiga me conta o ocorrido e me pergunta se em português há um verbo que signifique jogar pela janela. E, surpresa com minha resposta, disse: você tinha que ter almoçado conosco! Sim, porque, em português, por influência do francês, é bem verdade, nós temos o verbo defenestrar. Admito que esta é uma daquelas palavras empoeiradas que fazem alguns de meus amigos dizer que eu, às vezes, falo como uma pessoa idosa, mas o fato é que o verbo existe.
E, nesse mesmo sentido, encontrei um texto de Luís Fernando Veríssimo que achei interessante compartilhar por brincar com as minhas queridas palavras emboloradas.
"DEFENESTRAÇÃO
Certas palavras tem o significado errado.
Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A falácia Amazônica . A misteriosa falácia Negra.
Hermeneutas deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.
-Os hermeneutas estão chegando!
-Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...
Os hemeneutas ocupariam a cidade e paralizariam todas as atividades produtivas com seus enígmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisa recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
-Alô...
- O que é que você quer dizer com isso?...
Traquinagem devia ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo devia ser o barulho que o corpo faz ao cair na água
Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um som lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:
-Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas...Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria assim defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações. Devo tê-la usado uma ou outra vez, como em:
-Aquele é um defenestrado.Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada era a palavra exata.
Hermeneutas deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.
-Os hermeneutas estão chegando!
-Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...
Os hemeneutas ocupariam a cidade e paralizariam todas as atividades produtivas com seus enígmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisa recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
-Alô...
- O que é que você quer dizer com isso?...
Traquinagem devia ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo devia ser o barulho que o corpo faz ao cair na água
Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um som lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:
-Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas...Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria assim defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações. Devo tê-la usado uma ou outra vez, como em:
-Aquele é um defenestrado.Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada era a palavra exata.
Um dia finalmente procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. "Defenestração" vem do francês defenestration. Substantivo feminino, ato de atirar alguém ou algo pela janela.
Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal,não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?
Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal,não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo.
-Les defenestrations. Devem ser proibidas.
-Sim, monsieur le ministre.
-São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
-Sim, monsieur le ministre.
-Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: interdit de defenestrer. Os transgressores serão multados.. Os reincidentes serão presos.
-Les defenestrations. Devem ser proibidas.
-Sim, monsieur le ministre.
-São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
-Sim, monsieur le ministre.
-Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: interdit de defenestrer. Os transgressores serão multados.. Os reincidentes serão presos.
Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes."
(Luís Fernando Veríssimo. O Analista de Bagé. 6ª ed. Porto Alegre.L&PM ed. 1981. p. 29-31)
(Luís Fernando Veríssimo. O Analista de Bagé. 6ª ed. Porto Alegre.L&PM ed. 1981. p. 29-31)
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Esse cara é bom!
Notícia veiculada no jornal O Globo de hoje informa que um acusado, respondendo a processo criminal pela prática de um furto, teria, após ter participado de audiência, sido surpreendido na posse de aparelho celular de propriedade da Defensora Pública incumbida de sua defesa.
Sim, o acusado respondia por um furto, e, esperto, furtou o celular da profissional responsável por sua defesa durante uma audiência e foi flagrado na posse da res furtiva.
Parece comédia, mas não é. Assim não há « presunção de inocência » que aguente !
Mas diante desses novos fatos, será que daria para alegar que o acusado sofre de algum distúrbio psicológico grave que lhe reduz a capacidade de discernimento ? Sim, porque só sendo louco…
***
Barbaridades jornalísticas
Tenho profundo respeito pela profissão de jornalismo , respeito ainda maior do que o que, acredito, tenham alguns jornalistas… Lendo as notícias há algum tempo, me deparei com a manchete : « Estudo : brasileiro fuma menos, mas come mal e é sedentário. »
A manchete, em si, ja está « ruinzinha », mas deixamos passar, certo ?
Pois bem…
A matéria começa com « A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010) indica que o brasileiro está fumando menos, mas permanece sedentário e tem alimentação pouco saudável.” Assim mesmo, sem pontuação adequada, sem respeito à qualquer sequência lógica de produção de texto.
O texto segue sem cadência, num desfile de informações desconexas, que me fazem lembrar aqueles cadernos de “resumos” de faculdade, que tenho certeza que todos já, ao menos, folhearam uma vez na vida . Mas o pior ainda estava por vir...
Num momento de clara (eu disse clara?!) coclusão, o jornalista arremata: “A Vigitel Brasil 2010 revela também que 14,2% dos adultos no País são sedentários e, portanto, não praticam nenhum tipo de atividade física durante o tempo livre, durante o deslocamento para o trabalho ou durante atividades como a limpeza da casa. Apenas 14,9% dos entrevistados declararam ser ativos em tempo livre.”
Pára!!! “são sedentários e, portanto, não praticam nenhum tipo de atividade física durante o tempo livre”(?!) “E portanto”??? Portanto introduz uma consequência, uma conclusão lógica; é um sinônimo de “por isso”, “por conseguinte”. O que ele queria dizer (ou assim espero) é que x porcento da população é sedentária, ou seja, não pratica atividade física regularmente.
E ainda pode piorar!
Os sedentários, segundo o jornalista, não praticam nenhum tipo de atividade física “durante o tempo livre, durante o deslocamento para o trabalho ou durante atividades como a limpeza da casa”! Ai, meu Deus! Imagina a cena: voce esta indo para o trabalho, olha pro lado e encontra um ônibus estilo “flinstones”, com os passageiros pedalando dentro do coletivo. Ou, melhor, uma dona de casa, fazendo a faxina, com enormes caneleiras presas às pernas e, entre uma varridinha e outra, ela faz uma sequencia de glúteos. Sim, porque de acordo com o gênio que escreveu a matéria, esse seria um tempo ocioso em que poderíamos praticar atividades físicas. Francamente.
Ah! E pra fechar com chave de ouro, vem a “conclusão”: “Os dados indicam ainda que 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres assistem a televisão mais de três vezes ao dia”. E isso significa o que, hein? Tem ligação com a matéria?
Quem quiser conferir essa maravilha jornalística de altíssima qualidade, pode acessar http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5083219-EI306,00-Estudo+brasileiro+fuma+menos+mas+come+mal+e+e+sedentario.html
***
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Patrícia Acioli
A execução sumária da juíza Patrícia Acioli, ocorrida há uma semana, veio como um tiro, 21 para ser exato, ao Estado Democrático de Direito. Não, não foi a primeira queda. Foi o descortinamento do que, há muito, se sabe existir, mas que nos esforçamos para não ver : o poder paralelo do crime e a pungência desse quarto poder, que, ao arrepio das regras sociais vigentes criadas pelo Poder Legislativo, se substitui ao Poder Judiciário, julgando, condenando e executando o aplicador da lei, por descontentamento não com a prática do ilícito, mas com a sua punição.
Mais chocante ainda é ver que, no dia seguinte ao bárbaro crime, um deputado estadual, publica em seu twitter uma mensagem em que diz que a juíza executada teria, ao longo de sua carreira, conquistado muitos inimigos por sua postura pessoal, pois, segundo afirma, humilharia os réus durante os interrogatórios.
O comentário do deputado, considerado por muitos como uma tentativa de chamar atenção para si e manter-se em destaque, no melhor estilo « falem mal, mas falem de mim », foi, no mínimo inadequado.
Em seu perfil em sua página pessoal, o deputado se qualifica como alguém que não se curva diante da « ditadura do politicamente correto » e « mantém posições firmes em favor da redução da maioridade penal e da defesa da pena de morte na punição de crimes hediondos »; assim como se opõe ao « desarmamento do cidadão de bem » (trechos extraídos de seu portal na Internet).
Na minha curta experiência penal, atuei como estagiária da Defensoria Pública na Capital do Estado do Rio de Janeiro, não conheci a D. Magistrada, nunca tive acesso a autos de processo em que ela tenha atuado, e não conheço seu modo de agir em audiência. Seria leviano dizer se procede ou não a alegação de que ela empregaria tratamento humilhante ao dirigir-se aos réus.
Mas o que sei é que, caso efetivamente houvesse fundamento em tal alegação, isso constaria de autos dos processos (em sua grande maioria públicos) ou teriam sido objeto de reclamação (ou reclamações) à Corregedoria, o que ensejaria a instauração de procedimento administrativo contra a magistrada, o que, até o presente momento, não foi ventilado.
Parece-me mais razoável que tal afirmação não possua amparo fático. Mas, admitamos a hipótese de que a magistrada não fosse « simpática » em audiência, até porque, felizmente, « simpatia » não é critério para a aprovação em concurso público, o que mudaria ? Sentença condenatória dada « com simpatia » continua a ser sentença condenatória. Pior : a tal « simpatia » pode até ser confundida com escárnio.
O condenado (com ou sem « simpatia ») vai ressentir-se, pois, por mais que não seja « culpa » do juiz o fato de o condenado ter de cumprir pena, senão de si mesmo que se conduziu de forma contrária às leis, ele não entende que mereça ser punido. E a « personificação » de seu algoz é o juiz que assina a sentença condenatória. E é contra ele, contra o juiz, que tal criminoso direcionará sua raiva.
E assim, o crime mostra seu poder : julga, condena e executa uma pessoa que estava apenas cumprindo seu dever ao aplicar as leis e zelar pela manutenção da ordem social.
Uma juíza. Uma profissional do Direito. Uma mãe de família. Uma mulher. Um ser humano como eu e você, com sonhos, esperanças, frustrações, crenças, descrenças, lembranças e família. Um ser humano que teve sua existência abreviada de forma brutal. Uma mãe que foi roubada do convívio de seus filhos por uma rajada de tiros de armas de uso especial.
Com o brutal assassinato da Dra. Patrícia Acioli, enfraquece um pouco mais o Estado Democrático de Direito, esse mesmo Estado Democrático de Direito que assegura ao deputado o direito de manifestar livremente sua infeliz opinião, por mais absurda que ela possa ser.
Com o brutal assassinato de Patrícia Acioli, cresce a sensação de que precisamos, sim, de mais e mais cidadãos combativos, que façam os seus trabalhos com afinco e honestidade, na construção de uma sociedade em que a criminalidade não exerça tamanho poder.
Deixo meus sentimentos à família da vítima e tenho certeza de que não há em nenhum dicionário palavras suficientes para reconfortá-los nesse momento.
Em tempo, esclareço que deixo de citar o nome do deputado estadual, pois não quero contribuir com sua promoção pessoal (se esse foi o intuito de seu infeliz comentário). No entanto, deixo o link de seu portal na internet para que, caso queiram, acessem e formem livremente suas opiniões.
***
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Charlotte Perriand
Fonte: Histoire d'art |
Por indicação de uma amiga arquiteta, fui conhecer a exposição "CHARLOTTE PERRIAND - DE LA PHOTOGRAPHIE AU DESIGN" no PETIT PALAIS, em Paris, e adorei!
Charlotte Perriand, cujo nome desconhecia, foi uma arquiteta e designer francesa, nascida em 1903 (e falecida em 1999), que, com uma visão muito vanguardista, reformulou o design de interiores, criando o conceito dos móveis que encontramos hoje nas lojas e nas nossas casas. Eu mesma, sem saber que se tratava de um mobiliário inspirado numa criação de Charlotte Perriand, já fiquei "namorando" uma "chaise longue" que vi numa dessas grandes lojas de móveis do eixo Rio-São Paulo.
A exposição é muito interessante, com os móveis reais criados pela Charlotte Perriand, além de peças de seu acervo pessoal e as fotografias tiradas por ela que são simplesmente maravilhosas!
Chaise Longue de posição variável. Fonte: Alain Truong |
No fim da exposição, algumas de suas criações podem ser experimentadas, como, por exemplo, a "chaise longue" objeto de meu desejo (que, aliás, pede um livro, um chá e mais nada...) e uma poltrona deliciosa, que dá vontade de não levantar mais.
Fonte: Saw it first |
Fonte: Frisou Frisou |
Ponto alto da exposição: o visitante pode experimentar alguns dos móveis criados pela arquieta e designer.
Pontos baixos da exposição: o visitante não pode fotografar a exposição e os livros a venda no final da exposição são caríssimos!
A exposição continua no PETIT PALAIS até 18 de setembro e recomendo!
Para quem quiser saber um pouco mais: Petit Palais Paris - Expositions - Charlotte Perriand
O Petit Palais está localizado próximo à saída Champs-Élysées - Clemenceau do metrô (linha 1).
***
Assinar:
Postagens (Atom)