"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci

domingo, 31 de outubro de 2010

O som de nosso idioma

É interessante como sentimos falta do som, da "música", de nosso idioma natal.

Aqui, sinto saudades do Português (da Língua Portuguesa, entenda) e, quando fui a um "Chocolatier" comprar uns bombons para mamãe fiquei super feliz com a gentileza do proprietário em falar comigo em português (pois, apesar de ser francês, ele havia vivido por 18 anos em Portugal, e há 2 havia voltado para a França). Ficamos conversando por horas.

Para ele, como me disse, era como se já não estivesse mais na França, e sim de volta a Portugal e teria que prestar atenção para não atender os clientes em Português...

Ele me convidou a voltar mais vezes na loja para conversarmos e comermos bombons (pois enquanto conversávamos ele me deu dois bombons deliciosos).

Como é gostoso o som de nosso idioma, mesmo com sotaque!

Sutilmente

Escutei essa música hoje algumas vezes, pois gosto não apenas da melodia, mas da letra.

O clipe, que também é muito legal, foi feito de uma forma bastante inusitada: foi construída uma estrutura em L, os bailarinos dançavam na base do L enquanto os músicos do Skank estavam "deitados", presos à parede vertical do L, a uma distância de 10 metros do chão.
Havia visto uma matéria sobre o clipe na época em que ele foi feito, mas consegui encontrar na Internet para quem quiser conferir (http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_19/2009/06/04/ficha_musica/id_sessao=19&id_noticia=11938/ficha_musica.shtml).



Sutilmente

Skank

Composição: Samuel Rosa / Nando Reis

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti.

Mulher solteira - Guias de sobrevivência

Pois é... Papo de mulher. (Meninos, procurem outra postagem pra ler!)

Lugar comum das conversas das mulheres solteiras: o que está acontecendo com a "macharada" de plantão? É um problema regional? É nacional? É mundial? Sério! A falta de interesse em manter um relacionamento, a "galinhagem" descarada, os sentimentos "descartáveis"...

Esse é um tópico bastante frequente, ainda mais se a mulher solteira tiver passado muito tempo namorando, enrolando ou qualquer coisa do gênero que signifique "temporariamente fora do mercado". Mas acho que o problema é mundial.

E, vamos conversar, não é só com a "macharada", não, meninas. O problema está na "mulherada", também. É quase uma "questão tostines"... (Para as mais novinhas: a questão tostines era proposta numa propaganda que perguntava "Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?").

Calma! Não estou falando de nenhuma experiência pessoal minha aqui na França... Pelo menos, não ainda.

Estava pensando nas minhas amigas solteiras e, mais especificamente em uma, que é amiga por afinidade e que acabou de "ensolteirar", e cheguei a conclusão que todas as mulheres solteiras, TODAS, tem que ver dois filminhos básicos que servem como guia de sobrevivência (ou, pelo menos, de primeiros socorros) para sobreviver a essa turbulência...

Um é o batido "Verdade nua e crua", comédia romântica em que a visão masculina do mundo dos relacionamentos é exposta de uma forma bem "explícita", mas que termina "Hollywoodianamente", apesar dos pesares... Será que estou ficando descrente?


 O filme não tem nada de mais, mas o personagem de Gerard Butler, um apresentador de programa de televisão sexy, mulherengo e porta-voz das tiradas mais machistas, é bastante elucidativo para nós, moçoilas solteiras.

O outro, um filme que poderia até passar numa "sessão da tarde", mas que eu achei particularmente elucidativo: "Ele não está tão afim de você". 

Acredito que essa informação não destrua em nada a curiosidade das meninas pelo filme, mas logo de cara ele desvenda que somos, desde pequenininhas, "treinadas" a compreender equivocadamente as atitudes masculinas ... O exemplo dado é clássico: o amiguinho que nos "maltrata" age assim porque gosta de nós e tem dificuldade de demonstrar... Balela!


Bons filmes e boa aventurança às amigas solteiras!

Canal du Midi

Em meu último dia em Carcassonne, resolvi fazer um passeio de barco pelo Canal du Midi, o "Canal do meio-dia", é um fantástico canal artificial, projetado por Pierre-Paul Riquet, no século XVII, e inaugurado em 1681, e que tinha o objetivo de servir de solução econômica, militar e política para transporte de mercadorias sem a exposição aos riscos do mar aberto.





Este canal liga o Rio Garonne (e, consequentemente, o Oceano Atlântico) ao Mar Mediterrâneo, tendo uma extensão navegável de 240km, com largura variável entre 10 e 20 metros e profundidade média de apenas 2 metros.

A extensão do Canal du Midi.  Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_do_Meio-dia
O mais fantástico é que, o Canal du Midi, inaugurado, como dito, em 1681, contasse com tamanha sofisticação de engenharia hidráulica (as eclusas), que, pelo que pesquisei, tem sua autoria criativa atribuída a Leonardo da Vinci.
Funcionamento das eclusas. Fonte: http://www.canalmidi.com
Ao longo do Canal du Midi há 130 pontes e 63 eclusas (simples, duplas ou triplas), permitindo a navegação nas áreas em que há desnível do terreno; há, ainda, aquedutos que garantem o "abastecimento" desta magnífica construção, mesmo em épocas de estiagem.

Apesar de, inicialmente, ter sido construído para ser uma via comercial, hoje o Canal du Midi serve, exclusivamente, ao turismo e, desde 1996, está inscrito como Patrimônio Mundial na UNESCO.

A wikipedia tem pouca coisa sobre o Canal du Midi (http://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_do_Meio-dia), mas encontrei um site excelente e cuja pesquisa recomendo a quem se interessar pelo assunto (http://www.canalmidi.com/).

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sábado, 30 de outubro de 2010

Cérebros feminino e masculino

Vi um vídeo de comédia que descrevia a diferença entre os cérebros feminino e masculino... É hilário! Exagerado, mas hilário.

Resolvi compartilhar aqui no blog, pois  pensando nesse período em que estou aqui (completou ontem 1 mês) vi como a descrição se encaixa... já tem plantinhas e quadrinhos nesse meu "enorme apertamento" de 16m2 que se fosse ocupado por um homem, certamente, não teria "nada"... (antes de achar preconceituoso meu comentário, veja o vídeo...)


Cassoulet de Canard

Quem vai a Carcassonne deve provar o Cassoulet, prato típico da região e que é servido em quase todos os restaurantes da região, em especial nos restaurantes da Cidade Medieval.

Já que estava lá, fui provar o tal prato. Pedi indicação a uma senhora da região sobre onde poderia comer um bom cassoulet com uma boa relação custo benefício (não adiantava nada me indicar um lugar caro...) e ela me indicou o Jardin de la Tour, um restaurante localizado ao lado do acesso ao Castelo, mas que só abria as 20:00.

Juro que tentei. Esperei até as 19:00, sem ter o que fazer a não ser andar pelas ruas (agora em grande parte desertas, com as muitas lojinhas já fechadas) e fotografas, mas o vento frio não me deixou esperar até que o restaurante abrisse...

Fui, então, até a Place Marcour, onde há uma dezena de restaurantes reunidos e escolhi um com cara de taberna, com mesas rústicas a meia luz, cujo ambiente parecia estar quentinho (minha maior preocupação naquele momento) e que servia algumas opções de cassoulet a um preço razoável.

Entrei e o lugar estava bem cheio. Tive que aguardar uma mesa vagar. Quando consegui me sentar, pedi um cassoulet de canard e uma taça de um bom vinho tinto que o garçom me indicou, depois de ter me respondido que o vinho da casa era "honesto", "nem bom, nem mau; honesto". Honesto ou não, preferi um bom vinho...

O garçom me trouxe, então, uma garrafa de água (da casa), minha taça de vinho e uma tigela de pão. O cassoulet estaria pronto em 10 minutos, me avisou.

Ao fim do tempo anunciado, o meu cassoulet chegou e provocou duas reações: euforia em algumas pessoas que estavam nas mesas envolta e pediram o mesmo que eu estava comendo (é sério!) e assombro em mim, pois não acostumada a pedir comidas que não tenham uma boa "apresentação" , estranhei o tal cassoulet, que não é um prato "bonito", ainda mais o que eu pedi, pois vinha com duas coxas de pato por cima daquela enorme quantidade de feijão.

Depois de alguns minutos olhando a comida e me perguntando por onde começar, comecei pelo óbvio, retirando a pele do pato, soltando a carne dos ossos, e me livrando daqueles ossos, que coloquei no prato que acompanhava a tigela

O pato estava divinamente bem cozido e a carne soltava do osso com uma facilidade que jamais imaginei . Além disso, o feijão estava delicioso e o seu sabor combinava perfeitamente com o pato.

No fim, o cassoulet se revelou uma comida deliciosa (pesada, é verdade, mas deliciosa).

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Museu da Inquisição

Nem tudo são flores na Cidade Medieval... Ao ver as muralhas e o castelo, nos transportamos a um cenário de filme ou do imaginário infantil de um mundo encantado, com reis e rainhas, bruxos, fadas... Eu sei, minha imaginação é fértil! 

O que nos esquecemos (será que fazemos de propósito?) é que aqueles tempos passados também acolheram e legitimaram as mais atrozes práticas de tortura e a barbárie impiedosa praticada contra seres humanos por seres humanos (ou desumanos?).

Pois bem.

Há, na Cidade Medieval, para que não nos esqueçamos das mostruosidades que o ser humano (?) é capaz de praticar, o Museu da Inquisição, em que os instrumentos de tortura são expostos e alguns mostrados na sua aplicação prática, ilustrados com bonecos, em sua maioria mulheres, condenadas por "bruxaria" ou heresia e submetidas as mais atrozes, absurdas e desumanas torturas.

O museu é relativamente pequeno, ao contrário da crueldade dos "instrumentos" ali expostos, sempre acompanhados de placas explicativas de sua "aplicação". 

Em uma das placas havia uma explicação ótima: se depois de ter os braços deslocados por um instrumento de tortura e de ter a lateral do corpo (na altura das costelas) perfurada e queimada, se a pessoa, ainda assim, não confessasse sua culpa na acusação a que respondia, ela teria de ser absolvida pelo Tribunal da Santa Inquisição. Fantástico, não é? Será que alguém era absolvido?

É óbvio que as maldades não ficaram no passado e que, até os dias atuais, as armas de destruição da nossa espécie existem e são cada vez mais desenvolvidas. Tantos e tantos episódios atrozes da história da humanidade estão aí para confirmar isso. Mas o fato é que, alienados ou não, tentamos não pensar muito no assunto e, vez ou outra, acabamos por ser lembrados que a maldade existe e persiste...

É a comprovação do que afirmava Thomas Hobbes, "o homem é o lobo do homem".

Enfim, saí transtornada daquele museu de crueldade; chocada com as atrocidades que nós, seres humanos, somos capazes de praticar contra nossa própria espécie; envergonhada de fazer parte dessa espécie mostruosamente animal...

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E a greve continua

Minha programação neste feriado era ir a Carcassonne e, de lá, a Marseille.

Com antecedência, comprei as passagens de trem e aguardei. Na ida para Carcassonne, a greve já criava seus primeiros entraves aos meus planos: a passagem de trem teve de ser trocada por ônibus.

Em Carcassonne, todos os dias, acompanhava as notícias sobre Marseille, que não eram nada animadoras: a greve tornara Marseille uma cidade absolutamente insalubre. Nas ruas, o lixo se empilha, os ratos circulam, as pessoas cobrem os rostos para se protegerem do mau cheiro e algumas pessoas ateiam fogo nas pilhas de lixo, o que causou alguns incêndios, com a queimada de veículos que estavam estacionados nas ruas.

As autoridades públicas preocupam-se com a situação sanitária e temem uma crise de leptospirose. De acordo com matéria de telejornal, na terça-feira passada, 26/10/2010, caso a greve dos coletores de lixo fosse suspensa naquele dia, ou no dia seguinte, ainda assim, levaria cerca de 1 (uma) semana para a situação em Marseille voltar ao "normal".

Assim, com dor no coração, pois queria muito conhecer Marseille, a decisão que se impunha era a que  prezava a prudência: cancelei a passagem para Marseille e adquiri uma passagem de volta para Toulouse, antecipando meu retorno para o campus da faculdade.

A mim, me restava aproveitar o restinho de meu período em Carcassonne. O que fiz, com muito gosto!


Foto obtida no site do Terra na Internet que veicula matéria sobre a situação em Marseille: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201010261420_RED_79353434

Jantar: Kebab

Uma coisa que achei interessante em Carcassonne, e pude perceber principalmente na cidade baixa, foi uma grande população de muçulmanos.

Carcassonne é uma cidade muito pequenininha, cheia de ruelas estreitas em que só passa um carro, mas, por incrível que pareça, há muitos carros para tão pequena cidade e eles passam correndo entre as ruelas estreitas (e alguns nem reparam que há pedestres na área).

E a influência turca pode ser sentida não apenas na aparência física das pessoas, mas nas músicas que são ouvidas nas ruas e nos carros que passam com o som em alto volume... São músicas típicas, sim, mas moderníssimas e remixadas...

Na volta de um passeio pela Cidade Medieval, caminhei até a Praça Carnot, em torno da qual há vários cafés. Queria ver se fazia um lanche antes de voltar ao hotel, pois lá nada haveria para comer. Mas os cafés estavam todos fechados. Todos. E nem era tão tarde assim... Mas era domingo...

No caminho para o hotel, vi uma lanchonetezinha pequenina aberta. Era uma lanchonete gerida por muçulmanos que servia o Kebab, sob a forma de refeições ou de sanduíches.

Pedi um sanduíche, pois achei que seria uma escolha mais fácil... Ledo engano. Fui "metralhada" por uma variedade imensa de molhos que deveriam acompanhar as lascas de carne. 

Vendo que eu não conhecia nenhum dos molhos (que, é claro, eram chamados por seus "nomes" e não havia lugar algum que  informasse seus ingredientes...), um rapaz que aguardava seu kebab "escolheu" o molho pra mim, tendo me indicado o molho "argeliano", um molho picante, delicioso, com um gosto de alho ao fundo.

Adorei o kebab que comi acompanhado por um delicioso e aromático chá quente com menta (folhas de menta boiavam no copo de vidro decorado).

Foi uma refeição simples, barata, gostosa e muito aromática; uma ótima forma de terminar um dia tão agradável.

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Basilique Saint-Nazaire-et-Saint-Celse de Carcassonne

A Basilique Saint-Nazaire-et-Saint-Celse de Carcassonne, considerada monumento nacional, está localizada dentro da Cidade Medieval e, até 1801, era considerada a Catedral de Carcassonne, tendo sido "substituída" pela Catedral de Saint-Michel, na cidade baixa.


Em que pese a escolha feita pela "substituição",  a Basílica de Saint-Nazaire e Saint-Celse é muito mais bela que a Catedral de Saint-Michel, mais clara e transmitia uma sensação de paz e tranquilidade que a outra não conseguia nem de longe chegar a transmitir...

Os belos e coloridos vitrais que dão luz e cor à Basílica.

A Basílica é linda. Tem origem romana, do século 11, e características góticas remanescentes do período de sua expansão nos anos de 1200 e 1300.

Apesar de não ser uma "amante" de imagens sacras, estas encantam pela antigidade e pela conservação.
 
Piéta do século XVI.


Château Comtal


Como não poderia deixar de ser, na Cidade Medieval há um castelo, o Castelo Comtal (Le Château Comtal), castelo este que nos idos de 1130-1150 era considerado o mais moderno do Ocidente.

O castelo está parcialmente aberto a vistiação. Parcialmente, pois há várias áreas que são fechadas (o que me deixa com aquele gostinho de "quero mais"...). Mas as áreas abertas estão muito bem sinalizadas e contém explicações interessantes que nos fazem viajar no tempo e imaginar como viviam as pessoas ali...

















 Logo na entrada, há a foto de uma estátua feminina de formas largas (quase carrancudas) e atrás da estátua, um bloco de pedra que, olhando com cautela, se revela a verdadeira estátua, já destruída pelo tempo. Aquela estátua, que outrora ficava localizada na Porte Narbonnaise, um dos acessos à Cidade Medieval, e que hoje foi substituída por uma réplica, é a escultura da princesa Carcas, que, segundo a lenda, seria responsável pelo nome da cidade: Carcassonne.

De acordo com a lenda, exposta na placa ao lado do monolito, "A princesa Carcas, esposa do sarraceno Ballak, ao ver Carlos Magno levantar sítio de sua cidade, mandou tocar os sinos. As pesso e as, então, gritaram: 'Carcas Sonne' e assim surgiu o nome da cidade".

Maquete da Cidade Medieval.
No dia em que fui visitar o Castelo, fazia muito frio e chovia, mas isso em nada tirou a beleza do lugar e a minha vontade de conhecer e fotografar tudo...

Há, logo no início da visita, uma grande sala em que os visitantes são convidados a permanecer para assistir a um vídeo (documentário) que conta um pouco da história do castelo, das disputas de que foi palco e do trabalho arqueológico e arquitetônico para sua reconstrução. É um documentário muito interessante mas que, infelizmente, não está a venda; apesar de haver uma dezena de DVDs a venda, nenhum aborda a questão arquitetônica e arqueológica... Uma pena.

Mas a visita continua e, passo a passo, os visitantes são brindados com imagens, ângulos e luzes que encantam e apaixonam.







Ao fundo, a Catedral da Cidade Medieval.
 
Do castelo, a visão de uma das muralhas e, ao longe, a cidade baixa.
Do alto do castelo, a Cidade Baixa.
 


De dentro do Castelo, a vista para a Catedral.

Um pouco de história e dados (que se igualam ao contido no guia local que adquiri) podem ser encontrados na http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidadela_de_Carcassonne).

Cité Médiévale





A Cité Médiévale de Carcassonne é uma cidade murada cuja "criação" iniciou-se no século VIII antes de Cristo, tendo testemunhado diversas guerras sangrentas pelo seu domínio, em especial pela sua localização "estratégica" e pela construção em si, tida como uma das mais seguras e impenetráveis.

 









Para chegarmos até ela, vindo da Cidade Baixa, basta atravessar a Ponte Velha, que, um dia foi a única ligação entre as duas cidades e que hoje é fechada para pedestres e de onde é possível obter uma ótima visão geral da Cidade Medieval.








Ao longo do caminho para acessar a cidade medieval, há uma grande muralha com cerca de 18 torres e duas entradas, com pontes levadiças. Essa muralha serve a proteger outra grande muralha, com outras 26 torres que, por sua vez, serve a proteger a cidade.
A esquerda da foto, a primeira muralha.
A direita, a segunda muralha.
No centro, um enorme espaço cheio de... espaços vazios...
Entre as duas muralhas, nada há além de terra. Andei toda a extensão que se encontra entre uma muralha e outra, dei a volta completa, subi nas muralhas em que havia acesso por escadas e nada. Não há nada. A idéia era, realmente, a de criar uma proteção extra que, como li, servia para proteger a cidade de eventual traição da guarda.
Os acessos à cidade (pela segunda muralha)
 


A cidade, depois das muralhas, parece saída de um conto de fadas e você espera ver reis, rainhas e, quem sabe, até bobos da corte passando entre as pessoas. A sensação é de que se está passeando num cenário de filme.

É encantadora a pequena cidade! Passeei dois dias por suas ruelas, de manhã até o anoitecer, e, apesar do cansaço do sobe e desce de ruas e das pedras irregulares (que, claro, me fizeram tropeçar uma ou duas vezes), adorei e acho que quem tiver a oportunidade, deve fazer esse passeio.













Quer saber mais? Tem o site oficial de Carcassonne (que não tem opção em português, mas tem opção em inglês): http://www.carcassonne.culture.fr/