"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Numerologia do Blog

Fonte: http://demacosta.blogspot.com/2010/04/estudando-os-numeros.html

Fazendo a "numerologia" do blog, descobri que são:

  • 62 dias em Toulouse;
  • 61 dias desde que este blog começou;
  • 23 amigos conectados;
  • 100 postagens (sem contar com essa, claro)
  • 77 comentários (excluídos os meus, claro);
  • 1993 acessos ao blog;
  • INCALCULÁVEIS demonstrações de carinho!

Estou amando isso!!!

Cada amigo querido que acessa, comenta, deixa recadinhos etc está se fazendo presente aqui em Toulouse!

Muito obrigada!

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A Sã e a CDF

 
Com o mestrado, voltaram todas ou quase todas as minhas "manias" da época de estudante...
Com o mestrado, voltaram todas (ou quase todas) as minhas "manias" do tempo de estudante.

Está bem! Eu sei! Eu admito! Eu era meio CDF*, mas que fique bem claro que isso nunca me impediu de andar com a "turma da bagunça"!

E agora, acho que o mostro CDF adormecido acordou e está me levando a loucura!

Hoje escutei um boato de que, na prova da semana passada, as notas variaram de 8 a 17 (sobre 20), o que equivale a 4 a 8,5 (sobre 10), sendo que a  média mínima para aprovação em cada matéria é de 12 pontos.

A notícia veio assim, como quem não quer nada, e de repente, me peguei pensando: "Caramba**! Mas eu estudei tanto! Como pude tirar 4?!?!" Era a bendita voz da CDF enrustida falando...

E o resto de sanidade que ainda mantenho respondia: "Ei! Pára de show! Eu ainda não recebi a minha nota. Por que presumir que fui eu e não outro aluno que tirou a pior nota?!?!"

E a CDF, sempre com uma resposta "na ponta da língua", replicava: "Mas sou a úinica aqui que não tem o francês como língua materna... Não devo ter entendido as perguntas... ou as respostas... ou vai ver que foi porque a bendita prova era de múltiplas escolhas***...".

E aí, no meio do meu devaneio, com as duas - a CDF e a sã - guerreando, me "afastei" daquela confusão e me vi de volta ao meu colégio, repassando uma cena da minha faceta CDF...

A professora entregava as provas dos alunos, devidamente corrigidas, e organizadas em ordem decrescente de notas. A minha deveria estar logo no início. Mas não estava. E a cada nome chamado, a nota ficava menor, mais "inaceitável". E nada de ouvir meu nome. Uma após a outra, as provas eram entregues e as notas, cada vez menores, já não eram suficientes para aprovação na matéria (sem recuperação, claro, porque recuperação, para CDF, é impensável!).

Quando a coisa já estava feia, feia mesmo. Abaixei a cabeça, deitando-a sobre a mesa, e fiquei esperando o "golpe de misericórdia". Depois de algum aluno ter sido chamado (com nota 2), ouvi meu nome. A professora já estava parada na frente da minha mesa, com minha prova em suas mãos (era a última). Peguei a prova, dobrei-a e enfiei no caderno, sem nem olhar pra ela. A professora, então, disse que eu deveria olhar a minha prova, o que eu me recusava a fazer - "olhar pra que?".

Depois de quase ser obrigada pela professora, retirei a prova do caderno e abri. Qual não foi a minha surpresa quando vi que a minha nota tinha sido a mais alta da turma... Então a professora explicou que havia feito isso "de propósito", pois imaginava que eu fosse reagir dessa forma; que eu não deveria me preocupar tanto com as coisas...

Enfim, ela me apresentou a "sanidade", que cultivo desde então.

E, lembrando dessa professora, e da lição de vida que ela me deu, voltei para o campo de batalha onde tinha deixado a Sã e a CDF guerreando, mas só encontrei a  Sã, sorridente e tranquila.

Da CDF, vi uma sombra que se retirava para o exílio em que eu a havia colocado havia tantos anos e do qual, por falta de vigilância, ela havia escapado...




Alguns esclarecimentos se fazem necessários:
*CDF = era gíria "da minha época"**** para designar aquele que é estudioso em demasia (existe isso? ser estudioso em demasia?! Estudo não ocupa espaço, gente! Ih!)
**Na verdade não foi bem "Caramba!", não, mas vamos tentar manter o nível, né?
***Essa prova foi com questões de múltiplas escolhas (que eu sempre brinquei que deveriam se chamar "múltiplos chutes", pois sempre acabamos chutando algo por ficarmos na dúvida entre duas respostas... Vai dizer que nunca deu uma "chutadinha" nesse tipo de prova? Ah! Conta outra!
****"Da minha época" = expressão que deve ser abolida do repertório de qualquer pessoa, a começar por mim, pois parece placa de museu, brechó ou mausoléu... Mas dessa vez, vou deixar passar! rs

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Raclette com amigos

Eu nunca tinha experimentado, mas nesta última sexta-feira, fui convidada para ir a casa de um colega da turma de gestão do transporte aéreo, onde o pessoal dos dois mestrados se reuniria para fazer uma raclette...

E lá fui eu, experimentar a tal raclette, uma tradicional forma de reunir os amigos em volta de uma mesa para conversar e comer, porque o povo aqui adora comer...

Adorei!

A raclette é uma chapa elétrica de teflon sobre a qual colocamos fatias não muito grossas de queijo (0,5 cm de espessura, aproximadamente) para derreter. Depois de derretido, comemos o queijo com frios e batatas cozidas. Aqui, para a raclette, as pessoas compram um queijo especial para isso (embalado sob a rubrica de "queijo para raclette"), mas pode ser substituído por Emmental ou Gouda, queijos que encontramos facilmente no Brasil. Uma delícia! Fácil e rápido de fazer!



Fica a dica para quem quiser experimentar!

Chez Moi, um restaurante vietnamita em Toulouse

Era uma sexta-feira quando um grupo da minha turma me convidou para ir a um restaurante especializado em Cassoulet.

Na mesma sexta-feira, outro grupo da minha turma me convidou para ir a um restaurante vietnamita com o pessoal do mestrado em transporte aeroportuário.

Alguém do "primeiro grupo" ouviu o convite que me foi feito por alguém do "segundo grupo" e, pronto... Para evitar um mal-entendido, conversei com as pessoas dos grupos para buscar uma solução e sugeri que fossemos todos ao mesmo lugar.

O resultado foi ótimo! Todos reunidos ao longo de uma enorme mesa, num restaurante charmoso especializado em comida vietmanita - Chez Moi (http://www.chezmoi.fr/)!


Saindo do restaurante, "esticamos" até uma "discoteca" Cubana.

Numa só noite: França, Vietna e Cuba!

***

O segundo mês

Hoje completo dois meses na França. 


As saudades de casa, da família (meus "cãochorros" inclusive), dos amigos, do trabalho, enfim, de tudo o que me é familiar, continuam aqui comigo;  são minhas companheiras de viagem. Mas já me sinto mais "em casa", afinal, a casa é onde está o nosso coração, certo?

Já fiz amigos na turma e, nos finais de semana, normalmente há algo de interessante a fazer com eles.
Como contei aqui no blog, somos 12 alunos de mestrado na turma, além de um número variável de estagiários, que muda a cada semana. Na turma de mestrado há, como em qualquer turma, panelinhas; na verdade, são 3 "panelinhas": um grupo composto pelos mais novos, recém saídos de faculdades (5), um grupo dos "profisisionais" (3) e o outro composto pelos africanos. As panelinhas existem, mas não são herméticas; todos convivem em harmonia durante a semana, mas, normalmente, não se veem no final de semana... O engraçado é que percebi que eu circulo pelas três panelinhas tranquilamente e que todos me incluem em suas programações, o que faz com que me sinta um pouco mais "protegida".

Mas uma coisa é fato: sinto muita, muita, muita falta de ser abraçada pela minha família e pelos meus amigos! As pessoas aqui "não se tocam"... Sério! Aperto de mão e, no máximo (atenção ao MÁXIMO), dois rápidos beijinhos na bochecha (no melhor estilo "beijinho de madame") é o limite! Qualquer coisa a mais que isso, dá problema! E assim, eu, que sempre recebi (e dei) abraços de meus familiares e de meus amigos (e até da Bybba - minha "cãodela" que adora dar abraços) estou a dois meses sem sentir esta maravilhosa troca de carinho!

Ah! Em tempo, explico que não tenho nada contra "madames", viu? Usei a expressão "beijinho de madame" apenas para ilustrar um beijinho bem superficial, quase sem encostar na pessoa, pois, normalmente, vemos essa modalidade de beijinho quando uma mulher está maquiada e não quer correr o risco de estragar sua maquiagem (ou "marcar" a pessoa beijada). Então, "madames", "peruas" e afim, não se ofendam comigo, até porque eu mesma tenha uma porção "perua" bem acentuada! rs.



Voltando ao assunto, depois desse longo parênteses, em dois meses já fiz 6 (seis) provas,;1 planta de aeroporto regional; muitos e muitos e muitos cálculos (inclusive com exponenciais - socorro!); e 6 trabalhos dirigidos. Já perdi noites de sono estudando para provas. Já tive dor de garganta 2 vezes por causa do frio. Já tive que lavar muita e muita e muita roupa (cada dia são pelo menos 3 blusas sobrepostas! Bendita seja a lavanderia!) e já perdi a conta de quantas vezes eu faxinei o meu apErtamento, que, apesar de ser mínimo, suja com muita facilidade! Já participei de algumas confraternizações com os colegas de turma. Já ensinei português aos colegas. E já ri muito com eles.


Óbvio que nem tudo são flores, mas como disse um amigo meu na nossa formatura, para mim o céu é sempre azul e os campos são sempre verdes... prefiro deixar de falar das coisas que me chatearam, preocuparam e consumiram nesse período e dar destaque as boas coisas! Afinal, já que da vida só levamos as lembranças,  que eu leve apenas as boas!


As fotos foram obtidas no site do Google na Internet (www.google.com)

***

Eros e Psiquê

Nas minhas últimas férias, tive a felicidade de viajar pela Europa com minha mãe, minha querida companheira de estradas, aventuras e risadas.

Estivemos no Louvre, onde está exposta a estátua de Eros e Psiquê, de Canova, pela qual sou verdaedeiramente apaixonada.

Esta estátua eternizou o amor de Eros, Deus do Amor, filho de Afrodite, e Psiquê, uma linda mortal que, com sua extrema beleza, despertou a ira de Afrodite.

Resolvi compartilhar isso com vocês pois estava curtindo o poema de Fernando Pessoa entitulado "Eros e Psiquê" e encontrei um vídeo com Maria Bethânia recitando-o.

Como disse, adoro a estátua, amei o poema e adorei ouvi-lo na voz de Maria Bethânia. Compartilho, então, com vocês...


    EROS E PSIQUÊ
    FERNANDO PESSOA
     
    Conta a lenda que dormia Uma Princesa encantada A quem só despertaria Um Infante, que viria De além do muro da estrada. 
    Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errado Por o que à Princesa vem.
    A Princesa Adormecida,
    Se espera, dormindo espera, Sonha em morte a sua vida, E orna-lhe a fronte esquecida, Verde, uma grinalda de hera.
 Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia. 


Tecnologia - unindo e separando

Tenho observado que é muito comum as pessoas daqui andarem nas ruas e nos transportes públicos conectadas aos seus MP3, MP4 ou MPqualquernúmero ou, quando não estão com os fones de ouvido, estão com os seus smartphones (aparelho de celular com acesos a Internet), visualizando sites, mandando e recebendo mensagens... As pessoas não se olham, não se falam, estão "automatizadas", viraram robôs...

A tecnologia veio para diminuir distâncias, aproximar pessoas, e com o celular e a Internet, as pessoas tem como estar perto, mesmo se separadas por oceanos... Afinal, como manteria contato com meus amigos nesse blog se não fosse pela tecnologia?

Mas como tudo na vida, se mal utilizada, a tecnologia obtem um resultado funesto: pessoas que estão lado a lado e não se vêem, não se falam, não se tocam... As vezes, é importante desligar o celular, "dar um tempo" com a Internet, tirar os fones de ouvido e se deliciar com as pessoas que estão ao seu lado, a um "oi" de distância.

Carpe diem!


domingo, 28 de novembro de 2010

Decoração de Natal

O Natal se aproxima e os enfeites natalinos começam a aparecer nas decorações por todos os lugares.

Eu sempre fui fã dessa festividade e da decoração de Natal, que brinco que é a oportunidade institucionalizada para sermos "cafonas", enchermos a casa de luzes piscantes e enfeitarmos um pinheiro com muitas bolas e pingentes coloridos.

Então, resolvi deixar aqui no blog uma dica sobre a tradição da decoração de natal que vem sendo cada vez mais esquecida: as datas para montar e desmontar a árvore de natal.

Que o Natal é uma festividade cristã de celebração do nascimento de Jesus, isso todos sabemos. Certo? E que comemoramos no dia 25 de dezembro, também não tem novidade... Mas que o dia 25 de dezembro não é, necessariamente, o dia real do nascimento de Jesus, isto já é algo que alguns não sabem, mas que é bem razoável de ser verdade, certo?

Mas você sabia que há um dia para montar a árvore e outro para desmontá-la?







A árvore de natal é tradicionalmente montada no dia 06 de dezembro, em homenagem a São Nicolau, o Papai Noel, um bispo que teria morrido em 06/12/342 e que era conhecido por ser protetor dos pobres, em especial as crianças carentes, com cujas educação e moral se preocupava.







 


 Já para desmontar a árvore, a data é 06 de janeiro, em homenagem aos Três Reis Magos, Belchior, Baltasar e Gaspar, que teriam sido guiados pela estrela de Belém por vários dias até chegarem ao recém-nascido menino Jesus, a quem presentearam com incenso, mirra e ouro. visitado e presenteado o recém-nascido menino Jesus.





quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Socorro

Acessei a Internet para saber como estava a situação no Rio de Janeiro depois de quase uma semana da instalação de um verdadeiro "clima de guerra" em virtude de atos de facções criminosas que dominam o tráfico de drogas local e que estariam se insurgindo contra as ações políticas das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Foto de Sergio Moraes/Reuters - http://veja.abril.com.br/multimidia/galeria-fotos/violencia-no-rio-de-janeiro
As notícias já chegaram aqui e os telejornais franceses transmitem as informações sobre a "guerra" no Rio de Janeiro... Péssimo para a imagem do país, o que pode causar sérios prejuízos, em especial em razão da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

Foto que ilustra matéria da CNN na Internet  (http://edition.cnn.com/2010/WORLD/americas/11/24/brazil.rio.violence/index.html)

No portal da Copa na Internet, é afirmado que, segundo Ricardo Teixeira, o clima de violência na cidade não prejudicará os jogos e que "o Rio de Janeiro terá o clima de paz necessário para realização de jogos da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013" (http://esportes.r7.com/futebol/noticias/comite-organizador-diz-que-violencia-no-rio-nao-vai-atrapalhar-copa-de-2014-20101125.html).

Tudo bem... A Copa vai acontecer; os Jogos Olímpicos, também. Ok. Mas e os turistas? E a imagem do País? 

É óbvio que as notícias atuais preocupam os turistas que poderiam querer conhecer o País durantes tais eventos; preocupam a todos! Se até mesmo os que vivem e sempre viveram no RJ (e, portanto, estão "mais acostumados" a não se preocupar tanto com as "ondas de violência") estão assustados, o que dizer dos que não conhecem a cidade?

Ao mesmo tempo que Ricardo Teixeira reafirma que os jogos acontecerão e que a violência atual não servirá de empecilho, Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro, pede a população que "não recue," pois "O que está acontecendo agora deve ser um ponto de virada na história do Rio” (http://www.copa2014.org.br/noticias/5806/EDUARDO+PAES+PEDE+REACAO+DA+SOCIEDADE.html).

Não recuar? A população do RJ está acuada, pressionada e impressionada.; como poderia recuar ou não recuar? É preciso que as autoridades públicas garantam a segurança da população; é a população que precisa perceber e poder confiar na proteção do Poder Público, e não o contrário...

A população precisa, sim, "desadormecer" seus corações... Isso que está acontecendo na nossa querida "Cidade Maravilhosa" não pode ser visto com olhos de "naturalidade"; isso não é normal! As providências devem ser tomadas pelas Autoridades Públicas e cabe a população cobrar isso de seus administradores.

***
Socorro
Arnaldo Antunes

Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada...

Socorro!
Não estou sentindo nada [nada]
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
Nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ser, fazer e acontecer

Estava pensando sobre minha vida... Acho que isso acontece com qualquer pessoa e, em especial, com as mulheres... 

Nós, mulheres, que somos seres tão emotivos, tão movidos pelos sentimentos e pelo coração, somos, também, excessivamente racionais, pois estamos sempre (e sempre) pensando e anallisando nossos sentimentos face a vida... (Vai dizer que não? Pois me responda rápido: quem é que, normalmente, quer "discutir a relação"? A mulher! Viu só?) 

Enfim...

Um colega daqui do campus tentou me beijar hoje. Outro colega daqui também havia tentado me beijar antes. Dos dois me desvencillhei em tempo de escapar do beijo e, aos dois, expliquei que, com eles, eu não tinha interesse outro que não o de tê-los como amigos. 

Um deles, inconformado com minha postura, me questionou, utilizando como argumento o fato de que, se eu sou uma "mulher solteira", e um homem tem interesse em mim, eu deveria dar uma chance. 

Hein? Como? Pára tudo! Pára o mundo que eu quero descer!!! 

Na minha cabeça (e talvez eu esteja errada, quem sabe? mas é como vejo a situação), "uma chance" só vale a pena se há algum tipo de interesse da parte daquele que dá a chance, bem como, evidentemente, daquele a quem se dá a chance. Se um dos dois não tem interesse, o binômio está "quebrado" e "a chance" tem grandes "chances" de virar um desastre (ou pelo menos uma grande perda de tempo e energia)... 

Fiquei me sentindo triste com a infeliz constatação de que, para algumas culturas, e para algumas pessoas, ainda que em culturas "mais desenvolvidas", a mulher ainda ocupa um papel "secundário",no mundo das relações afetivas, devendo "contentar-se" com o que lhe é "apresentado" pelo "mundo masculino"... 

Não defendo (nem apoio) o feminismo. Não é isso. Não me entendam mal. Mas também não defendo (nem apoio) o machismo. Acho que somos TODOS seres humanos, independente de sexo, cor ou credo; e como seres humanos, TODOS temos direito de fazer as nossas escolhas, no limite de nossas existências, e respeitando os limites existenciais alheios. 

Durante minhas divagações, encontrei música "SER, FAZER E ACONTECER", de autoria de Gonzaguinha, e que resume, de forma categórica, como me sinto diante dessa situação. (Ah! Grifei algumas passagens da letra...). 

Só discordo de uma parte. A letra diz que uma mulher não pode, nunca, deixar de ser, fazer e acontecer, mas pra mim, o SER HUMANO NÃO PODE, NUNCA, DEIXAR DE SER, FAZER E ACONTECER! 

Então, seja você mulher ou homem, lembre-se de sempre ser, fazer e acontecer, da melhor forma que você conseguir! Ah! E lembre-se, sempre, de, antes de mais nada, ser feliz!

***   ***   ***

Ser, Fazer e Acontecer
(Gonzaguinha) 

"Que uma mulher pode nunca nada
Isto eu já sei
É o grito da Dona moral
Todo dia no ouvido da gente

É que eu estou pela vida na luta
Eu também sei
E meu caminho eu faço
Nem quero saber que me digam dessa lei

Porque já sofri, já chorei, já amei
E vou sofrer, vou chorar e voltar a amar
Porque já dormi, já sonhei e acordei
E vou dormir, vou sonhar, pois eu nunca cansei

É que sinto exatamente
Aquilo que sente qualquer um que respira
Uma perna de calça
Não dá mais direito a ninguém

De transar o que seja viver
E por isso eu prossigo e quero
E grito no ouvido dessa tal de dona moral
Que uma mulher pode nunca é deixar
De ser, e fazer e acontecer!
" 

 

A gota

Fonte: Vi-ver Repensando Conceitos
Li essa passagem no livro "Comer, rezar, amar":

"Qu´une goutte se fonde dans la mer, tout le monde peut le comprendre, mais peu comprennent que la mer est contenue dans la goutte" frase atribuída a Kabir, poeta místico da Índia medieval, que viveu entre os anos de 1440 e 1518.

Confesso que não conhecia nada sobre o poeta e fui pesquisar na Internet, tendo encontrado referências na Wikipedia, segundo as quais Kabir seria um poeta que teria desdenhado de qualquer tipode designação ou filiação religiosa e para quem a vida, por si só, já é uma interrelação entre Deus e a alma individual, em prol de união e harmonia.

A frase citada diz, numa tradução livre, "que uma gota se incorpore ao mar, todos podem compreender, mas poucos compreender que o mar está contido na gota".

Amei tanto a citação, que a escrevi no meu quadro branco no meu quarto, próximo a mesa de estudos, para que eu possa lê-la e refletir sobre seu significado para além do que as palavras exprimem...

***

domingo, 21 de novembro de 2010

Saudades do Trabalho

Flagrada diante da minha mesa lotada de trabalho durante uma surpresa de aniversário que meus queridos colegas de trabalho prepararam para mim em 2010.
Na semana que passou, uma das aulas do mestrado foi sobre os custos de um aeroporto e, evidentemente, com várias planilhas de formação de preços para analisarmos. A grande maioria dos alunos ficou perplexa diante daquele monte de números e da velocidade com que o professor, economista, expunha as informações. Eu, a meu turno, fiquei com um leve saudosismo... Bateu uma saudade das pastas cor de rosa que lotavam a minha mesa na Jurídica e das várias licitações (em suas diferentes modalidades) que eu precisava analisar diariamente... Maluca, eu? Não!!! Sou apenas uma pessoa apaixonada pelo que faço!

E, é óbvio, que meu trabalho fica ainda mais apaixonante por poder compartilhá-lo com colegas tão queridos.


 












***

sábado, 20 de novembro de 2010

Partiu?

Imagine a cena: Rio de Janeiro, Brasil. Um grupo de amigos reunidos em torno de uma mesinha de bar, jogando conversa fora. As horas passam e o papo rola solto. Alguém sugere ao grupo de ir a um outro lugar, idéia que é aprovada por unanimidade (ou quase). Chamam o garçom, pagam a conta e, naqueles breves minutos que antecedem a partida, um do grupo pergunta: "Partiu?". É o sinal para que todos se levantem, peguem as suas coisas (uma bolsa, no máximo, no caso das mulheres) e... "partiu!" Saem todos juntos para o outro lugar sugerido.

Agora mudemos um pouco o cenário.

Toulouse, França. Um grupo de amigos reunidos em torno de uma mesinha de um bistrô ou de um restaurante, jogando conversa fora. As horas passam e o papo rola solto. Alguém sugere ao grupo de ir a um outro lugar, idéia que é aprovada por unanimidade (ou quase). Levantam-se e pagam a conta diretamente no caixa (pois é difícil de encontar um garçom que entregue a conta na mesa). Retornam a mesa e, naqueles breves minutos que antecedem a partida, um do grupo pergunta: "C´est parti?". É o sinal para que todos se levantem, peguem as suas coisas (casacos, cachecóis, bolsas etc) e... "C´est parti!" Saem todos juntos para o outro lugar sugerido.




Pois é... A cena muda um pouco em razão do clima, mas a "gíria" é literalmente a mesma da que usamos no Rio de Janeiro!

Rocamadour



No final de semana passado, alguns colegas do mestrado me convidaram para conhecer uma pequena comuna francesa localizada na  região administrativa de Midi-Pyrénées, no departamento de Lot, sudoeste da França, e está a 01:45 de Toulouse (de carro).


É muito, muito, muito interessante.


Rocamadour é um ponto turístico e de peregrinação, todo contruído no meio das pedras, com direito a um "eremitério" cavado na rocha por um eremita, no século I.
 
Na região há a produção de um queijo de cabra (muito gostoso), que recebe o mesmo nome da cidade e que, para minha surpresa, é servido até mesmo como sobremesa, com pão.

Degringolou de vez!

Antes de escrever, fiquei me perguntando: será que alguém ainda usa essa palavra? Mas me lembrei de uma crônica da Martha Medeiros, publicada no Jornal O Globo deste ano, em que ela "defendia" o emprego de palavras "antigas", que precisavam ser retiradas do armário, espanadas e colocadas no uso (infelizmente, não consegui encontrar a crônica na Internet para compartilhar com vocês).

Assim, utilizando o argumento da Martha Medeiros, o emprego do verbo "degringolar" neste blog não representa a idade avançada de quem aqui escreve, mas apenas seu carinho pelas palavras que estão escondidas nos cantos de estantes empoeiradas. 

Bom, pois bem... "Degringolar" é um verbo que exprime o ato de cair subitamente, desmantelar-se, arruinar-se. Em algumas situações, é um substituto charmoso para o famoso "f_ _ _u".

Calma! Eu sou uma das defensoras do poder libertador do F, mas vai dizer que não é uma graça: "Ih! Agora degringolou de vez!"

Doce surpresa de quem se encontra "descobrindo" um idioma, o empoeirado verbo "degringolar" encontra equivalência na língua francesa no verbo "dégringoler", mantendo o mesmo sentido. Há, ainda, a palavra "dégringolade", que indica a queda, o desmantelamento.

Adorei!

Um blog, um texto e muitas reflexões

Nem sei bem como cheguei ao blog "O mundo para chamar de meu" (http://omundoparachamardemeu.blogspot.com) da Dani Gomes (detalhe: eu não conheço a Dani Gomes...)

Da mesma forma, não sei como cheguei a postagem "Dois menos um" publicada em outubro do presente ano, mas o fato é que o "acaso" me conduziu ao blog e à postagem e, graças a esse feliz acaso, fui brindada com um texto bem escrito, gostoso de ler e com o qual, de alguma forma, me identifiquei muito; parecia que estava lendo um pedacinho de uma história que vivi em minha vida, algo que se passou há muitos anos e que estava ali, desnudado, perfeito, contado de uma forma absolutamente sublime.

Vivi, há muitos anos, um grande amor. Todos juravam que ficaríamos juntos até a morte. E estavam certos. Ficamos juntos até a morte; a morte daquele amor, que de tão grande, se consumiu inteiro e não sobrou muito mais com o que pudéssemos nos contentar. E assim as lágrimas substituiram os sorrisos; os olhares tristes, os longos beijos; as palavras duras, as cartas e cartões apaixonados.

E no fim, consumido esse amor, exausta, precisei me reconstruir, me reencontrar e acabei me apaixonando novamente, mas, desta vez, me apaixonei pela mulher que redescobri em mim.


Tomo a liberdade de publicar o texto da Dani Gomes aqui e espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei.



Ela estava ali. Era a hora certa, o lugar certo. Ele também estava lá. E se fez o encontro. E que encontro! Ela mal podia acreditar que seu momento chegara...
Assim se deu o começo. E no começo, já se sabe, tudo são flores.
Flores... Ele nunca lhe mandava flores. Também não lhe fazia declarações ou demonstrações apaixonadas. Não lhe compunha uma música, nenhuma nota sequer. Nunca tinha tempo. E o tempo fechou...
Esse foi o meio. Andavam meio bem, meio mal. Meio se amando, meio se odiando. Meio querendo, meio deixando de se querer.
Ela se esqueceu de quem era, do que gostava e do que não gostava também. Vivia para Ele, com Ele, por Ele. Abriu mão das férias, das refeições, das noites de sono. Nada mais lhe pertencia, tudo era Dele. Sua paz também. E quando a paz se vai tudo o mais a acompanha...
Era o começo do fim.
Tanta dor, tantas lágrimas, álcool demais, quilos a menos. E culpa. Culpa por meter os pés pelas mãos. Culpa por se entregar demais. Culpa por amá-Lo como jamais amara a Si mesma. E tanto doeu, chorou, emagreceu, se culpou que cansou!
E Recomeçou.
Voltou aos livros, aos amigos, à vida. Tirou novas férias, Suas férias. Conheceu outros lugares, outras pessoas, outras comidas, outras bocas.
Com as baterias recarregadas, conquistou um emprego melhor, comprou roupa nova, mudou o cabelo. Esqueceu o quanto viveu e sofreu por ele - ele quem mesmo?
E foi então que Ela voltou para casa. E decidiu Se amar.

 (http://omundoparachamardemeu.blogspot.com/2010/10/dois-menos-um.html#comment-form)

domingo, 14 de novembro de 2010

Saudades da minha terra

Vi um vídeo no "Facebook" da minha irmã que adorei.; era uma propaganda de um shopping carioca, em que Deus estaria criando o Rio de Janeiro. Depois de ver o vídeo, procurei outros que mostrassem essa cidade a que tanto amo e encontrei o vídeo oficial das Olimpíadas de 2016 e um vídeo que fala dos cariocas... 

Foram vídeos que me emocionaram (em especial o das Olimpíadas) e que fizeram meu coraçãozinho ficar apertado de saudades, mas, também, por mais contraditório que pareça, me serviram para abrandar as saudades dessa cidade que tanto amo!

E foi por isso que resolvi compartilhar com vocês (e com alguns amigos aqui na França)  as imagens lindas dessa minha amada cidade natal!

Não importa: problemas, todos temos; não há a cidade perfeita, hermeticamente protegida da violência, da pobreza, das diferenças sociais. Querer isso é sonhar com a utopia; a natureza humana é conflituosa...

Assim, é indiscutível que o Rio de Janeiro alberga, sim, situações extremadas; há desigualdade social, há pobreza por todos os lados, há (consequentemente, ou não) violência, bandidismo, vandalismo. 

Mas o Rio de Janeiro alberga, também, paisagens lindas, belezas naturais incríveis e um povo sem igual no mundo: gente que canta, ri e se emociona; gente que batalha, trabalha, luta, mas não se endurece, não se fecha a vida; gente que se importa, que sente, que quer estar perto e não se importa em demonstrar seus sentimentos. É, pois, uma terra sem igual, que é, e sempre será, linda!

Então, espero que vocês curtam os vídeos a seguir, tanto quanto eu curti.
1) Deus criando o Rio de Janeiro (campanha publicitária de um shopping carioca):



2) Campanha de divulgação da candidatura do Rio de Janeiro como cidade sede das Olimpíadas de 2016.

 

 3) Vídeo que fala do jeito "carioca" de ser:



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Armistice 1918

Aqui na França, como em vários países europeus, hoje é feriado nacional.

O dia é dedicado a celebração do fim da Primeira Guerra Mundial e, em alguns lugares, é chamado "Remembrance Day", dando destaque à recordação das milhares de vidas perdidas nessa guerra.



A Primeira Grande Guerra teve seu cessar-fogo acordado para as 11 horas, do dia 11/11, em uma  reunião organizada pelo Marechal Foch em um vagão-restaurante na Floresta de Compiègne, na França.

Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Armistice_de_1918

Ah! Mas o feriado de um estudante de mestrado nunca é bem um feriado, né? Pois é... Já que não teríamos aula hoje, eu e dois colegas nos reunimos no meu apErtamento para preparar um trabalho de grupo que nos foi demandado: uma planta de um aeroporto regional com fluxo de passageiros de voos domésticos e internacionais... Gostou?

 

 Então, resumindo:

O Foch conseguiu o cessar-fogo há 92 anos; e, 92 anos depois, A Foch trabalha no dia do feriado nacional...

domingo, 7 de novembro de 2010

Grignoter

Uma coisa interessante são as propagandas de produtos alimentícios aqui.

Sabe aquelas letrinhas pequenas que aparecem na propaganda da Coca-Cola e do McDonald´s, por exemplo, que alertam para a necessidade da adoção de hábitos saudáveis?

Aqui eles não se limitam às letrinhas pequenas...

Em todas as propagandas de produtos alimentícios, no rádio e na televisão, no final, a lembrança é dada oralmente e com o auxílio da legenda em um tamanho razoável. São mensagens como "para sua saúde", "coma pelo menos 5 tipos de frutas e legumes por dia" ou "evite comer muito sal, muita gordura e muito açúcar" ou, e esse é o que eu mais gosto, "evite beliscar entre as refeições"...


O beliscar entre as refeições, em francês, é dito em uma única palavra, um verbo, "grignoter", cuja sonoridade acho interessantíssima, pois sempre me passa a idéia de um esquilinho comendo, roendo um pequeno pedaço de noz preso entre suas duas patinhas dianteiras...
 Que imagem, né?

Quelqu´un m´a dit - Carla Bruni

Essa música, que eu não conhecia até ontem, me foi apresentada por uma querida amiga. Achei a letra linda e a voz da Carla Bruni é deliciosa.


Quelqu'un m'a dit

Alguém me disse

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux
Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em instantes como murcham as rosas.
Disseram-me que o tempo que desliza é um bastardo
Que das nossas tristezas ele faz seus investimentos
Refrain:
Pourtant quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors ?
(Refrão)
No entanto alguém me disse...
Que você ainda me amava,
Foi alguém que me disse que você ainda me amava.
Seria possível então?
On dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parait qu'le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou
Disseram-me que o destino debocha de nós
Que não nos dá nada e nos promete tudo
Faz parecer que a felicidade está ao alcance das mãos,
Então a gente estende a mão e se descobre louco
Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit,
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits
"il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"
Mas quem me disse que você ainda me amava?
Eu não recordo mais, já era tarde da noite,
Eu ainda ouço a voz, mas eu não vejo mais seus traços
'ele ama você, isso é segredo, não diga a ele que eu disse a você'
Tu vois quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit...
Que tu m'aimais encore, serais ce possible alors ?
Sabe, alguém me disse...
Que você ainda me amava, disseram-me isso de verdade...
Que você ainda me amava, Seria isto possível então?
On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux
Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em instantes como murcham as rosas.
Disseram-me que o tempo que se vai é um bastardo
Que das nossas tristezas ele faz a seus investimentos

sábado, 6 de novembro de 2010

"Contém Glúteos"

Vi esta foto nas atualizações de amigos no Facebook  e tomei a liberdade de copiá-la para compartilhar aqui no Blog, pois achei fantástica.

É uma foto tirada numa padaria e que pretendia informar que todos os produtos ali expostos continham glúten, tendo em vista o crescente número de pessoas que não consomem alimentos que contenham glúten...

Em seguida, fiz uma pequena pesquisa sobre o tema e cheguei a conclusão que "só sei que nada sei".

Como em tudo na vida, há os que defendem a abolição do glúten da alimentação, alegando que ele formaria uma "cola" no organismo e que causaria aumento de peso e, principalmente, uma "barriguinha básica"... Na matéria que encontrei no portal da Secretaria de Recursos Humanos do Senado na Internet, chega-se a afirmar que "Intestino sem glúten produz serotonina e gera alegria"... (http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/jornal70/saude_contem_gluten.aspx) .

Essa informação me causou certa surpresa, pois, salvo engano, a serotonina é produzida pelos neurônios e não há neurônios no intestino, certo? A não ser que seja um "intestino genial"...

Pelo que pesquisei: "Caminhar, sexo, rir, assim como qualquer esporte feito com prazer (não por obrigação) aumenta a produção de Neurotransmissores. Alguns alimentos também, mas engordam (chocolate)"... (http://www.mentalhelp.com/Rubens_Pitliuk.htm).

Há, ainda, os que defendem que a "crucificação do glúten" é, em verdade, um "modismo", pois o consumo do glúten só deve ser evitado por quem sofre de doença celíaca, que é um distúrbio causado pela intolerância ao glúten, que faz com que o corpo libere substâncias que danificam a mucosa do intestino, prejudicando a absorção dos nutrientes dos alimentos, mas que, no Brasil, há apenas 1 celíaco num universo de 600 pessoas (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG77376-8055-470,00.html).

Enfim, há opinião para todos os gostos, mas que a plaquinha certamente ajudou a aumentar a produção de serotonina de quem a leu, ajudou, não é? 

Ou você vai dizer que não riu?

***

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Os sonhos existem


Esta foto tirei passeando pelas ruas da Cidade Medieval de Carcassonne. É uma loja cujo nome "Les rêves existen" quer dizer "Os sonhos existem"...

Achei interessante que essa vitrine sempre (todas as vezes em que passei por ela) tinha gente parada diante dela, olhando, maravilhadas, os "sonhos" que estavam ali expostos. É uma loja que tem brinquedos e enfeites delicados para casa e já apresentava alguns enfeites lindos de natal... Ou seja, é uma loja que atrai todas as pessoas, de todas as idades, assim como os sonhos, que não exigem idade, sexo ou gênero para serem sonhados.

Estou olhando essa foto a dias e me perguntando qual seria o momento ideal para compartilhá-la com vocês, pois não queria que ela fosse misturada às fotos "turísticas". Não sei. Achei que a poética da foto (e do tema) merecia um destaque...

Pois eis que o momento se apresenta...

Com o que você sonha?

Não estou falando dos sonhos que sonhamos dormindo (e logo esquecemos, na maioria das vezes);.Não. 

Pergunto dos seus sonhos mais pessoais, mais íntimos; aqueles que se sonha acordado e se espera e almeja (e sonha) e planeja ver realizados.

A vida é um descortinar de sonhos. Dos que sonhamos dormindo e dos que sonhamos acordados. Tudo o que fazemos entre eles é o caminho para alcançá-los. Por isso, tem tanto sentido quando alguém diz que a sua vida é um sonho (ou um pesadelo), pois depende da sua própria atitude, do que almeja, do que produz (mesmo que "apenas" intelectualmente), do tipo de energia que faz circular ao seu redor (energia de criação ou de destruição, de nascimento ou de morte, de luz ou de trevas). Não há nessas energias qualquer conotação de "bem" ou "mal", pois são conceitos complementares e que precisam-se mutuamente para existir, é o equilíbrio.

Tudo é sonho. Tudo é realidade. Tudo é revestido de tamanha subjetividade, que sonho e realidade são meros pontos de vista dos quais ninguém pode dizer se é certo ou errado; simplesmente, é.

E sonhos existem. Felizmente, existem!

E não se encontram em vitrines, não importa o quanto procuremos, o quanto fiquemos estáticos diante de um reluzente vidro.

Sonhos existem e devem ser vividos, plenamente vividos; nunca "comprados", pois o que se compra não é um sonho, mas uma mera ilusão.

Então, vivam e sonhem! Sonhem e vivam! E sejam plenamente felizes, na medida dos sonhos que vocês se permitirem sonhar.

***

Golden "jogador"

Encontrei esse vídeo no youtube... 

Tudo bem que o faro ajuda (e muito), mas achei muito fofo esse cachorrinho "jogador" (da raça da Bybba, do Hulk e da Bia), principalmente pela paciência dele... O Hulk teria "virado a mesa"...

Espero que vcs curtam!

Micos básicos - Horário de verão

E ainda dá pra piorar...



Tudo bem que teve mais de uma semana entre um episódio e outro, mas o caso é grave... E dessa vez fiquei que nem o coelho de Alice no País das Maravilhas!



Estava na internet com minha mãe ontem e, de relance, olhei para o relógio do computador (aquele que fica no canto direito da tela) e reparei que estava uma hora atrasado. Conferi com o meu relógio de pulso e com o celular: o computador, por algum motivo, estava errado. Pensei que pudesse ser a bateria (porque há uma bateria - como a de relógio esportivo - que fica alocada na placa mãe e que é responsável por manter o relógio do computador certinho). 

Quando cliquei sobre o relógio para mudar o horário (e testar minha teoria), vi que o relógio (que eu tinha programado para o fuso daqui) tinha sido automaticamente ajustado em virtude do horário de verão.

Horário de verão? Tá maluco, computador! Tá um frio de lascar e vc vem me falar em horário de verão! Esse computador tá "batendo pino"... (detalhe: isso era eu "dando bronca" no computador!)

Depois da bronca, ajustei o relógio e não pensei mais no assunto até que hoje, me levantei às 7:20, me arrumei e fui caminhando para a aula que começava às 08:30. Cheguei com 5 minutos de antecedência, mas não havia ninguém; nem mesmo o movimento normal de alunos indo para suas aulas... Conferi minhas anotações e estava na sala correta... Esperei... Esperei... Por 20 minutos, esperei e nada. Nem professores, nem alunos... Procurei o coordenador do curso, mas a sala estava fechada... Fui até a biblioteca, que abre às 08:30 e, portanto, estaria aberta, ver se descobria algo na internet, mas a biblioteca estava fechada.

Voltei para a sala e esperei mais um tanto... Quando já eram 09:00, voltei para o meu estúdio para pegar meu telefone celular e ligar para um colega e perguntar se ele sabia de algo... 

Qual não foi minha surpresa quando ele me disse que o horário tinha sido alterado e que ainda eram 08:00, ou seja, a aula ainda demoraria uns 30 minutos para começar...

E eu lá, com mais de uma hora de antecedência, sem entender o que estava acontecendo...

Fala sério! Voltei para a sala de aula rindo de minha própria distração... É melhor rir do que chorar, né?




Obs.: A primeira imagem foi obtida no site 
http://www.zazzle.com.br/o_coelho_de_alice_apressa_se_perto_mim_esta_atra_adesivo-217761707585577302

Micos básicos - Azeitonas

Sabe aquele papo de que rir é o melhor remédio? Pois é... E acho que rir de si mesmo ajuda, também...

Estava passeando em Carcassone, na Cidade Medieval, quando vi uma loja linda, colorida, repleta dos mais diversos doces: parecia aquela loja de doces mágicos do livro do Harry Potter...

Entrei e fiquei encantada, mas o que mais chamou minha atenção foram umas "bacias" repletas de uns doces verdes rajados e que estavam rotulados como sendo "azeitonas ao chocolate" (olives au chocolat). Note bem que não são azeitonas de chocolate, mas ao chocolate...

E como eu sempre digo: mau gosto também é gosto! Achei esquisito e fiquei imaginando o gosto da azeitona coberta de chocolate... Tem gosto pra tudo, não é? Eu, hein... 

Mas pra não ficar na curiosidade, perguntei à vendedora se aquele doce era feito com azeitonas mesmo, ao que ela caiu na gargalhada e me deu um pra provar. O doce era uma amêndoa coberta por uma grossa camada de chocolate.

Fala sério! Me senti a própria Magda! rsrsrsrs Lembram? "Cala a boca, Magda!"

E, em homenagem à personagem de Marisa Orth: