"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci

domingo, 3 de abril de 2011

De mala e cuia

Sexta-feira, 1º de abril. O carro alugado na véspera já está lotado com as minhas coisas: livros, apostilas e roupas; há também minhas duas únicas panelas, alguns copos e os mantimentos que estavam no armário e na geladeira. Nada demais, mas que acaba sendo coisa demais.

Despeço-me dos amigos que ainda permanecerão no campus e dos funcionários que vem falar comigo. Passeio um pouco pela faculdade, tomada de neblina e frio. Despeço-me dos caminhos que fiz nos últimos seis meses, caminhos que me levavam à biblioteca, às salas de aula, à cafeteria... O tempo não ajuda, mas tiro algumas fotos para guardar de lembrança.

Volto ao carro. GPS programado; agora é pé na estrada rumo à Paris. Obedeço às instruções daquela voz "robotizada" e Toulouse vai ficando cada vez mais distante em meu retrovisor.

Por 6 horas exatas, dirijo pelas estradas da França, aproveitando o prazer de conduzir. O caminho é longo, atravessa quase toda a extensão da França no eixo norte-sul, mas o tempo parece passar mais rapidamente que de costume e, sem mais porquê, já estou diante do meu prédio em Paris.


Um amigo se dispôs a me ajudar com a mudança. Chego, mas ele ainda não está lá. Por telefone, me diz que se atrasará uns 15 minutos, pois estava preso num engarrafamento causado por um louco que resolveu deitar-se no meio da rua para fazer poses. Rindo diz que são coisas de Paris. O pior é que já começo a saber disso.

Enquanto espero, vou retirando as coisas do carro e as dispondo no hall de entrada do edifício, o que termino de fazer no momento em que meu amigo chega.

Juntos, carregamos minhas coisas até meu novo apartamento, no sexto (e último) andar do edifício, que, como quase todos os edifícios em Paris, não tem elevador.

No fim, suados e cansados, paramos para descansar por alguns minutos, até que meu amigo, inquieto, resolve começar a desembalar as coisas e guardá-las.

Muitas das coisas já estão "arrumadas" quando dá a hora de meu amigo partir. Antes de ir, contudo, ele abre a geladeira para verificar se eu teria o que jantar e vendo que só tinha água, maionese, mostarda e ketchup, ele me "carrega" escada a baixo para que eu vá ao mercado. Diz que se eu não aproveitar para ir agora, vou ficar com preguiça e acabo sem comer direito. O pior é que ele tem razão. Então, obedeço.

***

3 comentários:

Anônimo disse...

Ave Maria Juju!
Depois de uma maratona dessas, eu simplesmente estaria com muita fome mesmo. Abraços e ótima estada em Paris,
Bjsss!!!


ALFEN

Ju Foch disse...

Alfen,
eu estava tão cansada que nem fome eu sentia! rs
Bjs

Edu Corrêa disse...

'Desculpe, estou um pouco atrasado, mas espero que ainda dê tempo de dizer que' a Cidade-Luz ganhou um brilho especial (na verdade, um par de brilhos!).
Felicidades e sucessos aí também, Ju!