"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O que se esconde por trás de uma escolha

Assistia a uma conversa entre minhas colegas de estágio. Sim, assistia, pois pouquíssimo falava, me contentando em observar. 

Discutiam sobre propriedades calóricas das bebidas alcóolicas. Qual a bebida menos calórica? Vinho branco? Champagne? Informei que era o sakê (pois é, meus conhecimentos etílicos chegam a esse ponto) e o papo descambou para comida, mais especificamente comida asiática e como nenhuma delas gostava muito de sushis e sashimis. Eu sou suspeita, pois adoro comida japonesa. Continuei na observação.

Enfim, o papo continuou e soube que uma delas havia estagiado por seis meses na Tailândia. Fiquei "babando"! Que experiência interessante não deve ter sido. 

E eis que surge a pérola objeto de minhas reflexões: desde o fim de seu estágio e seu retorno à Paris, ela nunca mais teria comido comida tailandesa. Por que ela não gosta? Não! Por que ela não encontra restaurantes Thai? Não! Simplesmente porque ela não aceita comer em restaurante Thai em que as pessoas comam com palitinhos ou com garfo e faca, porque na Tailândia se come com garfo e colher, oras!

Escutei essa explicação e comecei a observar as feições dela enquanto falava. Seu rosto se torcia em demonstrações de desprezo, faltava brilho nos seus olhos, faltava aquele fiço que a felicidade imprime em nossos rostos. A voz, também, não tinha ânimo; mantinha inevitavelmente o mesmo tom, o mesmo ritmo. Era como estar diante de um velho combatente que perdeu todos seus amigos (e esperanças) num campo de batalha. 

E isso tudo me fez concluir que eu prefiro mil vezes sofrer desapontamentos por tentar, do que fazer a infeliz escolha de, por preconceito ou pré-julgamento, não experimentar e não correr o risco de deixar-se surpreender.

Sobre calorias das bebidas (alcoólicas e não-alcoólicas): Eliminando Peso

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