Paris, a cidade luz, onde todas as nacionalidades se confundem e os sotaques se misturam num francês cosmopolita.
Essa cidade que é sinônimo de luxo, moda, glamour e luxúria, mas que, como tudo, tem seu "lado B".
Essa cidade que tem mendigos gentis e empregados grosseiros.
Essa cidade que tem a tranqüilidade do picnic no parque e agito dos metrôs; a pressa de chegar; os horários dos trens decorados e as múltiplas e complexas linhas de metrô; o stress.
O vinho servido com normalidade, sem ostentação. O pão que lhe é servido com a mesma mão que pegou o dinheiro.
A falsa naturalidade com que as pessoas se comportam num trem empesteado pelo odor do cocô humano no chão entre as poltronas.
Os loucos que, diariamente, gritam nos metrôs ou atravessam-se nas avenidas fazendo poses e atrasando quem corre para o trabalho.
Os enormes engarrafamentos e as pessoas que buzinam assim que o sinal abre.
Os motoristas que param para o pedestre, mesmo quando o sinal está aberto.
A enorme quantidade de gente que lê no caminho pro trabalho.
Os milhares de bonjour, bonsoir, bonne journée e bonne soirée distribuídos ao longo de um único dia.
Essa cidade com todas as suas contradições. Essa cidade com todo o lixo do luxo; com toda a falta de luxo do lixo. Essa cidade que a cada dia aprendo a amar um pouco mais.
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