"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ser, fazer e acontecer

Estava pensando sobre minha vida... Acho que isso acontece com qualquer pessoa e, em especial, com as mulheres... 

Nós, mulheres, que somos seres tão emotivos, tão movidos pelos sentimentos e pelo coração, somos, também, excessivamente racionais, pois estamos sempre (e sempre) pensando e anallisando nossos sentimentos face a vida... (Vai dizer que não? Pois me responda rápido: quem é que, normalmente, quer "discutir a relação"? A mulher! Viu só?) 

Enfim...

Um colega daqui do campus tentou me beijar hoje. Outro colega daqui também havia tentado me beijar antes. Dos dois me desvencillhei em tempo de escapar do beijo e, aos dois, expliquei que, com eles, eu não tinha interesse outro que não o de tê-los como amigos. 

Um deles, inconformado com minha postura, me questionou, utilizando como argumento o fato de que, se eu sou uma "mulher solteira", e um homem tem interesse em mim, eu deveria dar uma chance. 

Hein? Como? Pára tudo! Pára o mundo que eu quero descer!!! 

Na minha cabeça (e talvez eu esteja errada, quem sabe? mas é como vejo a situação), "uma chance" só vale a pena se há algum tipo de interesse da parte daquele que dá a chance, bem como, evidentemente, daquele a quem se dá a chance. Se um dos dois não tem interesse, o binômio está "quebrado" e "a chance" tem grandes "chances" de virar um desastre (ou pelo menos uma grande perda de tempo e energia)... 

Fiquei me sentindo triste com a infeliz constatação de que, para algumas culturas, e para algumas pessoas, ainda que em culturas "mais desenvolvidas", a mulher ainda ocupa um papel "secundário",no mundo das relações afetivas, devendo "contentar-se" com o que lhe é "apresentado" pelo "mundo masculino"... 

Não defendo (nem apoio) o feminismo. Não é isso. Não me entendam mal. Mas também não defendo (nem apoio) o machismo. Acho que somos TODOS seres humanos, independente de sexo, cor ou credo; e como seres humanos, TODOS temos direito de fazer as nossas escolhas, no limite de nossas existências, e respeitando os limites existenciais alheios. 

Durante minhas divagações, encontrei música "SER, FAZER E ACONTECER", de autoria de Gonzaguinha, e que resume, de forma categórica, como me sinto diante dessa situação. (Ah! Grifei algumas passagens da letra...). 

Só discordo de uma parte. A letra diz que uma mulher não pode, nunca, deixar de ser, fazer e acontecer, mas pra mim, o SER HUMANO NÃO PODE, NUNCA, DEIXAR DE SER, FAZER E ACONTECER! 

Então, seja você mulher ou homem, lembre-se de sempre ser, fazer e acontecer, da melhor forma que você conseguir! Ah! E lembre-se, sempre, de, antes de mais nada, ser feliz!

***   ***   ***

Ser, Fazer e Acontecer
(Gonzaguinha) 

"Que uma mulher pode nunca nada
Isto eu já sei
É o grito da Dona moral
Todo dia no ouvido da gente

É que eu estou pela vida na luta
Eu também sei
E meu caminho eu faço
Nem quero saber que me digam dessa lei

Porque já sofri, já chorei, já amei
E vou sofrer, vou chorar e voltar a amar
Porque já dormi, já sonhei e acordei
E vou dormir, vou sonhar, pois eu nunca cansei

É que sinto exatamente
Aquilo que sente qualquer um que respira
Uma perna de calça
Não dá mais direito a ninguém

De transar o que seja viver
E por isso eu prossigo e quero
E grito no ouvido dessa tal de dona moral
Que uma mulher pode nunca é deixar
De ser, e fazer e acontecer!
" 

 

3 comentários:

Edu Corrêa disse...

Olhinhos brilhantes arrasando corações, aqui e acolá... Rsrsrs

Entendo seus colegas, Ju, mas realmente a postura do segundo está equivocada. Tentar beijar uma mulher (no caso, muito!) interessante, dentro de um contexto aceitável, é OK; mas reclamar dela diante da recusa, da forma como foi, no mínimo é falta de bom senso.
Contentar-se com amor, tesão ou paixão unilateral em um relacionamento de par será, mais cedo ou mais tarde, frustrante para ambas as partes.

Edu Corrêa disse...

Tá bom, tá bom! Vamos botar os pingos nos "is", para evitarmos mal-entendidos:
Onde se lê
"(no caso, muito!) interessante", leia-se
"bonita, atraente, inteligente, bem humorada...".

Eu ia escrever outra coisinha, mas a exposição me inibiu... (Vc não pode ver agora, mas fiquei ruborizado! Rsrsrs)

Ju Foch disse...

Uau! Nossa! Agora quem "ruborizou" fui eu! rsrs

Obrigada, querido!!!