"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci

sábado, 20 de novembro de 2010

Um blog, um texto e muitas reflexões

Nem sei bem como cheguei ao blog "O mundo para chamar de meu" (http://omundoparachamardemeu.blogspot.com) da Dani Gomes (detalhe: eu não conheço a Dani Gomes...)

Da mesma forma, não sei como cheguei a postagem "Dois menos um" publicada em outubro do presente ano, mas o fato é que o "acaso" me conduziu ao blog e à postagem e, graças a esse feliz acaso, fui brindada com um texto bem escrito, gostoso de ler e com o qual, de alguma forma, me identifiquei muito; parecia que estava lendo um pedacinho de uma história que vivi em minha vida, algo que se passou há muitos anos e que estava ali, desnudado, perfeito, contado de uma forma absolutamente sublime.

Vivi, há muitos anos, um grande amor. Todos juravam que ficaríamos juntos até a morte. E estavam certos. Ficamos juntos até a morte; a morte daquele amor, que de tão grande, se consumiu inteiro e não sobrou muito mais com o que pudéssemos nos contentar. E assim as lágrimas substituiram os sorrisos; os olhares tristes, os longos beijos; as palavras duras, as cartas e cartões apaixonados.

E no fim, consumido esse amor, exausta, precisei me reconstruir, me reencontrar e acabei me apaixonando novamente, mas, desta vez, me apaixonei pela mulher que redescobri em mim.


Tomo a liberdade de publicar o texto da Dani Gomes aqui e espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei.



Ela estava ali. Era a hora certa, o lugar certo. Ele também estava lá. E se fez o encontro. E que encontro! Ela mal podia acreditar que seu momento chegara...
Assim se deu o começo. E no começo, já se sabe, tudo são flores.
Flores... Ele nunca lhe mandava flores. Também não lhe fazia declarações ou demonstrações apaixonadas. Não lhe compunha uma música, nenhuma nota sequer. Nunca tinha tempo. E o tempo fechou...
Esse foi o meio. Andavam meio bem, meio mal. Meio se amando, meio se odiando. Meio querendo, meio deixando de se querer.
Ela se esqueceu de quem era, do que gostava e do que não gostava também. Vivia para Ele, com Ele, por Ele. Abriu mão das férias, das refeições, das noites de sono. Nada mais lhe pertencia, tudo era Dele. Sua paz também. E quando a paz se vai tudo o mais a acompanha...
Era o começo do fim.
Tanta dor, tantas lágrimas, álcool demais, quilos a menos. E culpa. Culpa por meter os pés pelas mãos. Culpa por se entregar demais. Culpa por amá-Lo como jamais amara a Si mesma. E tanto doeu, chorou, emagreceu, se culpou que cansou!
E Recomeçou.
Voltou aos livros, aos amigos, à vida. Tirou novas férias, Suas férias. Conheceu outros lugares, outras pessoas, outras comidas, outras bocas.
Com as baterias recarregadas, conquistou um emprego melhor, comprou roupa nova, mudou o cabelo. Esqueceu o quanto viveu e sofreu por ele - ele quem mesmo?
E foi então que Ela voltou para casa. E decidiu Se amar.

 (http://omundoparachamardemeu.blogspot.com/2010/10/dois-menos-um.html#comment-form)

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Ju,

Fiquei muito feliz com a publicação do meu texto no seu blog! Especialmente por se tratar de um texto muito especial para mim. O meu preferido!

Tomarei a liberdade de publicar esse seu post no meu blog, tá?

Ah! Gostei muito do seu espaço também!

Grande beijo para você,

http://omundoparachamardemeu.blogspot.com/