Com o mestrado, voltaram todas ou quase todas as minhas "manias" da época de estudante...
Com o mestrado, voltaram todas (ou quase todas) as minhas "manias" do tempo de estudante.Está bem! Eu sei! Eu admito! Eu era meio CDF*, mas que fique bem claro que isso nunca me impediu de andar com a "turma da bagunça"!
E agora, acho que o mostro CDF adormecido acordou e está me levando a loucura!
Hoje escutei um boato de que, na prova da semana passada, as notas variaram de 8 a 17 (sobre 20), o que equivale a 4 a 8,5 (sobre 10), sendo que a média mínima para aprovação em cada matéria é de 12 pontos.
A notícia veio assim, como quem não quer nada, e de repente, me peguei pensando: "Caramba**! Mas eu estudei tanto! Como pude tirar 4?!?!" Era a bendita voz da CDF enrustida falando...
E o resto de sanidade que ainda mantenho respondia: "Ei! Pára de show! Eu ainda não recebi a minha nota. Por que presumir que fui eu e não outro aluno que tirou a pior nota?!?!"
E a CDF, sempre com uma resposta "na ponta da língua", replicava: "Mas sou a úinica aqui que não tem o francês como língua materna... Não devo ter entendido as perguntas... ou as respostas... ou vai ver que foi porque a bendita prova era de múltiplas escolhas***...".
E aí, no meio do meu devaneio, com as duas - a CDF e a sã - guerreando, me "afastei" daquela confusão e me vi de volta ao meu colégio, repassando uma cena da minha faceta CDF...
A professora entregava as provas dos alunos, devidamente corrigidas, e organizadas em ordem decrescente de notas. A minha deveria estar logo no início. Mas não estava. E a cada nome chamado, a nota ficava menor, mais "inaceitável". E nada de ouvir meu nome. Uma após a outra, as provas eram entregues e as notas, cada vez menores, já não eram suficientes para aprovação na matéria (sem recuperação, claro, porque recuperação, para CDF, é impensável!).
Quando a coisa já estava feia, feia mesmo. Abaixei a cabeça, deitando-a sobre a mesa, e fiquei esperando o "golpe de misericórdia". Depois de algum aluno ter sido chamado (com nota 2), ouvi meu nome. A professora já estava parada na frente da minha mesa, com minha prova em suas mãos (era a última). Peguei a prova, dobrei-a e enfiei no caderno, sem nem olhar pra ela. A professora, então, disse que eu deveria olhar a minha prova, o que eu me recusava a fazer - "olhar pra que?".
Depois de quase ser obrigada pela professora, retirei a prova do caderno e abri. Qual não foi a minha surpresa quando vi que a minha nota tinha sido a mais alta da turma... Então a professora explicou que havia feito isso "de propósito", pois imaginava que eu fosse reagir dessa forma; que eu não deveria me preocupar tanto com as coisas...
Enfim, ela me apresentou a "sanidade", que cultivo desde então.
E, lembrando dessa professora, e da lição de vida que ela me deu, voltei para o campo de batalha onde tinha deixado a Sã e a CDF guerreando, mas só encontrei a Sã, sorridente e tranquila.
Da CDF, vi uma sombra que se retirava para o exílio em que eu a havia colocado havia tantos anos e do qual, por falta de vigilância, ela havia escapado...
Alguns esclarecimentos se fazem necessários:
*CDF = era gíria "da minha época"**** para designar aquele que é estudioso em demasia (existe isso? ser estudioso em demasia?! Estudo não ocupa espaço, gente! Ih!)
**Na verdade não foi bem "Caramba!", não, mas vamos tentar manter o nível, né?
***Essa prova foi com questões de múltiplas escolhas (que eu sempre brinquei que deveriam se chamar "múltiplos chutes", pois sempre acabamos chutando algo por ficarmos na dúvida entre duas respostas... Vai dizer que nunca deu uma "chutadinha" nesse tipo de prova? Ah! Conta outra!
****"Da minha época" = expressão que deve ser abolida do repertório de qualquer pessoa, a começar por mim, pois parece placa de museu, brechó ou mausoléu... Mas dessa vez, vou deixar passar! rs
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2 comentários:
Pode ficar tranquila, pois você é muito inteligente. Relaxe!!!(o corpo, não o estudo). Bjs!!!!!!!!!
Isso me fez lembrar do comercial da "Neura da Limpeza" (http://www.youtube.com/watch?v=VgHP09gOd3I&feature=related). Embora o tema seja outro, a neura é a mesma... rsrsrs
Ah, você não está sozinha! Fiquemos atentos!
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