Sentada numa poltrona de um trem noturno, atrás de um rapaz que deseja transformar sua poltrona em cama*, chego a conclusão que não há no mundo nada mais não-discriminatório que a falta de educação.
A falta de educação, como a doença e a morte, não diferencia sexo, credo, etnia. Ela simplesmente se instala. E, pior que a doença ou a morte, a falta de educação é perene; ela é a doença da alma e a morte do humano.
* Explico: não satisfeito com a inclinação da poltrona, o rapaz se joga, de tempos em tempos, para forçar a cadeira a descer. E eu, sentada atrás dele, tenho que "proteger" meus joelhos dos "coices" do ogro...
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2 comentários:
Aqui encontro problema semelhante nos ônibus, particularmente naqueles com ar-condicionado. O espaço entre as poltronas é pequeno para quem tem pernas grandes (o meu caso). Quando não posso escolher um lugar mais confortável para minhas pernas, tomo o cuidado de não incomodar com meus joelhos quem esteja sentado na poltrona à frente da minha. Mas volta e meia fazem isto comigo. Aí o jeito é jogar duro, e imprensar com as costas os joelhos da pessoa, que não resiste muito tempo e se acomoda melhor na sua poltrona, ou então mudar de lugar na primeira oportunidade.
Será a falta de educação um dos males deste século?
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