"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci

sábado, 30 de outubro de 2010

Museu da Inquisição

Nem tudo são flores na Cidade Medieval... Ao ver as muralhas e o castelo, nos transportamos a um cenário de filme ou do imaginário infantil de um mundo encantado, com reis e rainhas, bruxos, fadas... Eu sei, minha imaginação é fértil! 

O que nos esquecemos (será que fazemos de propósito?) é que aqueles tempos passados também acolheram e legitimaram as mais atrozes práticas de tortura e a barbárie impiedosa praticada contra seres humanos por seres humanos (ou desumanos?).

Pois bem.

Há, na Cidade Medieval, para que não nos esqueçamos das mostruosidades que o ser humano (?) é capaz de praticar, o Museu da Inquisição, em que os instrumentos de tortura são expostos e alguns mostrados na sua aplicação prática, ilustrados com bonecos, em sua maioria mulheres, condenadas por "bruxaria" ou heresia e submetidas as mais atrozes, absurdas e desumanas torturas.

O museu é relativamente pequeno, ao contrário da crueldade dos "instrumentos" ali expostos, sempre acompanhados de placas explicativas de sua "aplicação". 

Em uma das placas havia uma explicação ótima: se depois de ter os braços deslocados por um instrumento de tortura e de ter a lateral do corpo (na altura das costelas) perfurada e queimada, se a pessoa, ainda assim, não confessasse sua culpa na acusação a que respondia, ela teria de ser absolvida pelo Tribunal da Santa Inquisição. Fantástico, não é? Será que alguém era absolvido?

É óbvio que as maldades não ficaram no passado e que, até os dias atuais, as armas de destruição da nossa espécie existem e são cada vez mais desenvolvidas. Tantos e tantos episódios atrozes da história da humanidade estão aí para confirmar isso. Mas o fato é que, alienados ou não, tentamos não pensar muito no assunto e, vez ou outra, acabamos por ser lembrados que a maldade existe e persiste...

É a comprovação do que afirmava Thomas Hobbes, "o homem é o lobo do homem".

Enfim, saí transtornada daquele museu de crueldade; chocada com as atrocidades que nós, seres humanos, somos capazes de praticar contra nossa própria espécie; envergonhada de fazer parte dessa espécie mostruosamente animal...

***

4 comentários:

Edu Corrêa disse...

Taí um museu que eu dispensaria...
Creio que de tudo e de todos emane alguma energia (que não se esvai com o tempo com muita facilidade), e costumo senti-las, de algum modo. Se posso evitar aquelas que me gerem algum desconforto, faço isto pelo meu bem estar; o que não significa não entar em contato, mas sim em fazer escolhas saudáveis sempre que possível. Mudar de canal de TV, por exemplo, é uma delas, e tenho feito com frequência.
Mas sei da importância de um museu destes como memória da humanidade.

Ju Foch disse...

Edu,
eu fui por curiosidade; pra ver o que eles tinham a dizer e mostrar, mas realmente a energia é pesada e saí de lá "transtornada"...
A sorte é que parei numa lojinha de chá e um senhor super simpático me deu um chá morninho pra beber. Delicioso.

Edu Corrêa disse...

Vc tem um inegável talento para ganhar coisas (chás, bombons...) e amigos. Magnetismo do bem! Da próxima vez que nos encontrarmos, preciso tocar mais em você para absorver isso! Será que pega? Rsrsrs

Anônimo disse...

A sensação de estar em um lugar desses é ruim,mas devemos conhecer esses lugares para não sermos enganados pelo revisionismo histórico perpetrado por apologistas católicos.