"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"
Leonardo da Vinci

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Demonstrações de carinho

Depois de minha aventura para comprar a moldura para proteger o cartão, no dia seguinte, tive uma forte dor de garganta e bastante febre. Acabei ficando de cama e perdi um dia de aula (e era uma aula que eu queria muito assistir). Mas não dava. Não conseguia levantar da cama nem para beber água...

Tomei um remédio para gripe (com antitérmico e analgésico) e chupei pastilha de garganta que eu havia trazido na minha “farmacinha” pessoal (sabe aquela nécessaire de primeiros socorros? Pois é... A minha é de primeiros, segundos e terceiros socorros!).


À noite, quando já estava me sentindo melhor, sentei-me para estudar um pouco e eis que alguém bate à porta. Era o Wilson, um colega do curso com quem fiz amizade, e que foi lá para saber por que eu não havia ido a aula.

Expliquei-lhe que não tinha condições de assistir a aula, que mais cedo eu não estava me sentindo bem, mas que já estava melhor, que havia mandado o aviso ao coordenador de curso e que estaria na aula no dia seguinte.

E aí veio o mais engraçado: levei uma bronca do Wilson, que ficou “indignado” comigo, pois, de acordo com ele, eu deveria ter ligado para ele para avisar que estava me sentindo mal, que, assim, ele poderia ter avisado aos nossos colegas, e poderia ter vindo fazer um chá pra mim...

E não parou por aí... Em seguida, soltou a “pérola do ano”: disse que aquele meu comportamento era “coisa de branco”, pois branco é que gosta desse negócio de “ficar na sua, sozinho” e que eu, como brasileira, deveria ter outro comportamento.

Estranhei um pouco aquilo tudo, pois, realmente, às vezes, e principalmente quando não estou me sentindo bem, gosto de “ficar na minha”, mas depois entendi que aquilo era uma manifestação de carinho e preocupação da parte dele. Entendi e “aceitei” a bronca.

Aliás, tenho recebido manifestações de carinho de outros colegas também.

A turma de Gestão Aeroportuária, da qual faço parte, passou as duas primeiras semanas tendo aulas junto com os alunos de Gestão de Transporte Aéreo. Semana passada, contudo, nossas turmas se separaram.
O legal foi que encontrei alunos da outra turma que vieram falar comigo e dizer que estavam com saudades de mim. Achei aquilo tão inesperado, mas, ao mesmo tempo, tão carinhoso... Fiquei muito feliz com aquelas manifestações tão espontâneas de carinho.

Há, ainda, um colega de campus, que faz curso na área de desenvolvimento tecnológico, que frequentemente me visita para conversarmos.
Conversamos em inglês, pois como o curso que ele está fazendo é todo lecionado nesse idioma, aproveitamos para melhorar sua fluência e seu vocabulário.
Da última vez que nos vimos ele disse que ficava feliz de saber que não estava sozinho na faculdade, que tinha a minha companhia.

É bom saber que, mesmo com tão pouco tempo de convívio, há pessoas aqui que gostam de mim. Isso ajuda a diminuir o inevitável vazio que sinto por estar longe das pessoas a quem amo.

***

Um comentário:

Anônimo disse...

Eiiii, aprendi a comentar, rsrs!!!
Vc é uma querida, Jú, sabia que ia fazer amizades rapidinho...
bjs,
Bel