Quem vai a Carcassonne deve provar o Cassoulet, prato típico da região e que é servido em quase todos os restaurantes da região, em especial nos restaurantes da Cidade Medieval.
Já que estava lá, fui provar o tal prato. Pedi indicação a uma senhora da região sobre onde poderia comer um bom cassoulet com uma boa relação custo benefício (não adiantava nada me indicar um lugar caro...) e ela me indicou o Jardin de la Tour, um restaurante localizado ao lado do acesso ao Castelo, mas que só abria as 20:00.
Juro que tentei. Esperei até as 19:00, sem ter o que fazer a não ser andar pelas ruas (agora em grande parte desertas, com as muitas lojinhas já fechadas) e fotografas, mas o vento frio não me deixou esperar até que o restaurante abrisse...
Fui, então, até a Place Marcour, onde há uma dezena de restaurantes reunidos e escolhi um com cara de taberna, com mesas rústicas a meia luz, cujo ambiente parecia estar quentinho (minha maior preocupação naquele momento) e que servia algumas opções de cassoulet a um preço razoável.
Entrei e o lugar estava bem cheio. Tive que aguardar uma mesa vagar. Quando consegui me sentar, pedi um cassoulet de canard e uma taça de um bom vinho tinto que o garçom me indicou, depois de ter me respondido que o vinho da casa era "honesto", "nem bom, nem mau; honesto". Honesto ou não, preferi um bom vinho...
O garçom me trouxe, então, uma garrafa de água (da casa), minha taça de vinho e uma tigela de pão. O cassoulet estaria pronto em 10 minutos, me avisou.
Ao fim do tempo anunciado, o meu cassoulet chegou e provocou duas reações: euforia em algumas pessoas que estavam nas mesas envolta e pediram o mesmo que eu estava comendo (é sério!) e assombro em mim, pois não acostumada a pedir comidas que não tenham uma boa "apresentação" , estranhei o tal cassoulet, que não é um prato "bonito", ainda mais o que eu pedi, pois vinha com duas coxas de pato por cima daquela enorme quantidade de feijão.
Depois de alguns minutos olhando a comida e me perguntando por onde começar, comecei pelo óbvio, retirando a pele do pato, soltando a carne dos ossos, e me livrando daqueles ossos, que coloquei no prato que acompanhava a tigela
O pato estava divinamente bem cozido e a carne soltava do osso com uma facilidade que jamais imaginei . Além disso, o feijão estava delicioso e o seu sabor combinava perfeitamente com o pato.
No fim, o cassoulet se revelou uma comida deliciosa (pesada, é verdade, mas deliciosa).
***
2 comentários:
HAHA...FIQUEI IMAGINANDO SUA CARA. SÓ FALTOU O BICIO PARA COMPARTILHAR ESTE PEQUENO PRATO COM VC.
Amiga,
faltou o Bício, sim, porque o danado do prato é pesado, viu...
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