Deixei minhas coisas no hotel, troquei de roupa, pois o tempo parecia que ia dar uma trégua e eu poderia passear sem o pesado sobretudo, e fui explorar a cidade.
Carcassonne está dividida em duas “cidades”: uma, a Centre Ville (composta pela La Bastide Saint-Louis e pela Ville Basse) e a outra, a La Cite ou Cite Médiévale.
Na verdade, Carcassonne começou onde hoje é a Cidade Medieval e Cidade Baixa cresceu em seu entorno, como consequência da limitação espacial imposta pelas muralhas da Cidade Medieval.
Como já estava de tarde (e eu queria aproveitar a festa do vinho, também), resolvi começar minha exploração pela Centre Ville, que apesar de ser maior que a Cidade Medieval, tem menos pontos de interesse a conhecer...
Inicialmente, caminhei até a Porte des Jacobins, que marca o acesso à cidade, que é parcialmente murada.
De lá, fui conhecer a Cathédrale de Saint-Michel.
O Altar e seus vitrais. Apesar da enorme quantidade de vitrais, a Catedral fica submersa em penumbra, o que dificulta bastante fotografá-la (sem uso de flash). |
Apesar da bela arquitetura gótica de sua fachada, que me encantou muitíssimo, o interior da Catedral não faz jus à beleza externa. Extremamente escura e fria (não no sentido da temperatura), me fez lembrar uma cena do livro “Anjos e Demônios” de Dan Brown.
Para lembrar mais ainda o livro, tinha um guardião da catedral que andava pela igreja segurando um terço de contas de madeira e que parecia querer atrapalhar as minhas fotos de qualquer forma. Sempre passava na frente quando eu ia bater uma foto (e olha que tomo o cuidado de não usar flash para não causar incômodo às pessoas, nem prejudicar as obras de arte que são danificadas pelos muitos flashes dos turistas).
Mas depois que me viu ajoelhar e fazer minha prece, o homem parou de atazanar e foi ajoelhar-se diante de uma imagem...
Saindo da Catedral, logo a sua esquerda, há uma praça com uma estátua de Santa Joana D´Arc e um painel enorme em homenagem aos “filhos de Carcassonne” mortos em defesa da pátria, durante a primeira Grande Guerra.
Segui, então, à Place Carnot, considerada a principal praça da Ville de Carcassonne. Charmosinha, a praça abriga, no seu entorno, vários restaurantes e cafés, e, no centro, a bela Fontaine de Neptune.
No caminho, encontrei a alegre e colorida banda “Fanfare”, composta por 18 músicos instrumentistas, todos paramentados com roupas multicoloridas e “desconjuntadas”, além de acessórios como buás e chapéus. Além da festividade visual, o grupo, agrada aos ouvidos, misturando influências latinas, jazzistas e francesas de cabaré.
Cheguei, então, à Église Saint-Vicente. A Igreja, apesar de menor que a Catedral, conseguia ter um ar muito mais agradável, transmitindo a tranqüilidade que se espera encontrar nesse tipo de edificação (acredito que isso independe de religião...).
Terminado o passeio, voltei para o hotel, para descansar um pouco, pois pretendia aproveitar um pouquinho da Festa do Vinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário